O caminho da pacificação para a igreja no Brasil. por Paulo Ribeiro
De que adianta, meus irmãos, dizerem que têm fé se não a demonstram por meio de suas ações?
Há muitos anos li um artigo no New York Times de um jornalista não cristão louvando o trabalho de John Stott. Num certo ponto do artigo ele diz:
“Eu mesmo não sou religioso, mas admiro aqueles que vejo arriscando suas vidas dessa maneira – e me enoja ver essa fé ser ridicularizada em coquetéis em Nova York”.
“Por que isso é importante? Porque muitas pessoas religiosas ou não fazem um trabalho fantástico em questões humanitárias e, muitas vezes, não trabalham juntas por causa de suspeitas mútuas. Se atravessarmos esse ‘abismo de Deus’ [e agora da política], faríamos muito mais por esse mundo doente e carente. E isso seria uma dádiva de Deus”.
Que acusação para a maioria dos protestantes e evangélicos no Brasil.
Que exemplo a ser seguido. Em vez da pregação de fogo e enxofre, pureza doutrinária ou ideologia política, Stott pregou unidade sob a Cruz de Cristo.
Nos anos 60, quando um líder evangélico convocou todos os clérigos e líderes leigos das igrejas evangélicas na Inglaterra a saírem de suas denominações liberais, John Stott pediu um compromisso da maioria dos evangélicos da Igreja Anglicana na Inglaterra para permanecer nela.
Sua mensagem era ficar com a Igreja e trabalhar em conjunto com várias outras organizações religiosas ou não de forma caridosa e generosa.
Quando morávamos na Inglaterra nos anos 80, experimentamos o benefício de iniciativas semelhantes.
Esse exemplo pode servir de lição para ajudar a igreja brasileira a sair dessa polarização política e religiosa e retornar à prática do amor de Cristo com aqueles que mais carecem.
Finalmente, “De que adianta, meus irmãos, dizerem que têm fé se não a demonstram por meio de suas ações? Acaso esse tipo de fé pode salvar alguém?” (Tg 2.14).
Paulo Ribeiro - Ultimato
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