Para deputados evangélicos, André Mendonça quis mostrar independência
Alguns parlamentares evangélicos próximos do ministro do STF André Mendonça consideram que o voto contra o deputado Daniel Silveira foi uma forma de o ministro se provar independente de Jair Bolsonaro.
O julgamento de Silveira foi o primeiro de grande interesse de Bolsonaro em que Mendonça atuou como ministro do STF. Resistentes a aceitar que Mendonça votaria contra Silveira em condições normais, os parlamentares avaliam que, se Mendonça votasse a favor do deputado, seria considerado pelos outros ministros como “um ministro de Bolsonaro”.
Mesmo tendo esse entendimento sobre a decisão de Mendonça, os deputados estão decepcionados com o ministro. A cobrança foi tanta que o ex-AGU foi ao Twitter se explicar.
“Diante das várias manifestações sobre o meu voto ontem, sinto-me no dever de esclarecer que: [a] como cristão, não creio tenha sido chamado para endossar comportamentos que incitam atos de violência contra pessoas determinadas”, escreveu Mendonça.
Bolsonaro pediu a Mendonça e Kassio Nunes Marques que votassem a favor de Silveira e contra a condenação. O único que acatou o pedido do presidente foi Nunes Marques.
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