Pelo menos 45 pessoas são pisoteadas até a morte durante festa judaica em Israel
Pelo menos 45 pessoas morreram pisoteadas e mais de 150 foram feridas, muitas em estado grave, após a meia-noite de sexta-feira (30) no horário local, durante a celebração do feriado judaico Lag Baomer no Monte Meron, no norte da Galiléia.
O acontecimento é uma das piores tragédias em tempos de paz da história de Israel, com um número de mortos maior do que as 44 vítimas do incêndio florestal do Monte Carmelo em 2010.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, considerou o incidente “um desastre terrível” e prometeu uma investigação completa. Ele também decretou domingo como um dia de luto nacional.
O Lag Baomer não é uma festa bíblica, mas comemorada principalmente entre os judeus ultraortodoxos. O festival lembra a vida e os ensinamentos de dois dos mais notáveis rabinos na tradição judaica, Rabi Akiva e Rabi Shimon bar Yochai. É também um dia associado à Cabala, escola de pensamento no misticismo judaico.
A tragédia foi causada por aglomeração e superlotação, de acordo com o Magen David Adom (MDA), serviço de emergência médica e desastres de Israel.
O incidente ocorreu em uma passarela escorregadia, com piso de metal, onde a aglomeração era grande. Um grande número de participantes se movia pela passarela, que estava inclinada, e muitos deles “escorregaram”, caindo sobre os que estavam abaixo, causando um efeito dominó esmagador, disse um oficial da polícia.
Segundo a Rádio do Exército israelense, crianças estão entre os mortos e feridos. Na tarde de sexta-feira (horário local), havia ainda 21 pessoas internadas, muitas em estado grave.
Imagens dos momentos iniciais da tragédia mostraram equipes de resgate tentando montar um hospital de campanha e dezenas de ambulâncias tentando passar por entre as multidões. Foi montada uma fileira de sacos para cobrir os corpos das vítimas.
Organizadores do evento estimaram que cerca de 100.000 pessoas estavam no local. Outras estimativas apontam que havia cerca de 50.000 participantes.
O rabino-chefe de Israel, Israel Meir Lau, que estava em um dos palcos no momento da tragédia, permaneceu lá com outros rabinos importantes, recitando salmos para a festividade.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, disse no Twitter que está apreensivo e orando pelos feridos. Netanyahu disse também que “todos estão orando pela recuperação dos feridos” e ofereceu seu apoio aos funcionários de resgate no local.
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