Pesquisa revela que existem 15 mil brasileiros em missão transcultural


A Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) divulgou os resultados da pesquisa Força Missionária Brasileira Transcultural e revelou que há 15 mil missionários brasileiros envolvidos em trabalhos diferentes da sua cultura de origem, dentro e fora do Brasil. Coordenada por Felipe Fulanetto, pastor e missionário da Igreja do Nazareno de Campinas, sob supervisão de Ronaldo Lidório, os resultados da pesquisa foram publicados durante o oitavo Congresso Brasileiro de Missões (VIII CBM), que acontece em Águas de Lindoia, SP, entre 23 e 27 de outubro.

O objetivo da pesquisa foi "dimensionar e qualificar a força missionária brasileira transcultural com o intuito de gerar reflexões missiológicas e direcionar ações ministeriais” e, no contexto do congresso, ela chama a atenção para mais uma realidade que não podemos ignorar: quem são, quantos são e como trabalham missionários brasileiros.

Dentre os cerca de cinquenta seminários e oficinas que aconteceram simultaneamente na tarde desta terça-feira (24) durante o CBM, os dados e metodologia da pesquisa foram apresentados com detalhes no seminário “Pesquisas missionárias: realidades, desafios e estatísticas do Brasil”.

De acordo com Felipe Fulanetto e Larry Kraft, a pesquisa missionária é um importante recurso para compreender o que Deus fez, está fazendo e como ele direciona a igreja para os próximos passos em missões. O pesquisador Larry Kraft explicou que sem saber de forma precisa o que Deus tem feito é difícil projetar e saber o que ele quer continuar fazendo conosco e entre nós.

Pioneiro das pesquisas missionárias no Brasil

Larry Kraft, missionário norte-americano, naturalizado brasileiro, chegou ao Brasil em 1987 para realizar pesquisas na área de missões. Ele participou do seminário e se emocionou ao falar do avanço na compreensão da pesquisa por parte da igreja brasileira. Além disso, Kraft destacou o empenho de jovens missionários como Alisson Medeiros, Felipe Fulanetto e Ademir Menezes, que deram relatórios dos esforços de pesquisa para melhor conhecer as necessidades e povos ainda não alcançados: “Hoje a igreja brasileira tem muito mais respeito pela pesquisa e por quem faz pesquisa e eu louvo a Deus por isso”, enfatizou.

O pioneiro das pesquisas missionárias explicou que os números servem para a igreja refletir sobre questões importantes, como o número de missionários que chegam à velhice sem aposentadoria, bem como a necessidade de mais escolas de treinamento, aumento no número de mantenedores e mais programas de cuidado missionário. Kraft também fez uma advertência aos participantes, dizendo que “missionários pesquisadores precisam ter um alto padrão ético, pois qualquer um pode fazer os números dizerem o que quiserem”.

Alguns dados da Pesquisa




O relatório completo da pesquisa, com a descrição metodológica e os resultados detalhados, pode ser acessado no site do Departamento de Pesquisa da AMTB: www.pesquisasamtb.org.br.

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