162 anos do Congregacionalismo Brasileiro - Origem da denominação
Evangelistas e colportores preparados por Kalley espalharam a mensagem do Evangelho por diferentes áreas do país, chegando à região do Nordeste, propriamente na cidade do Recife em Pernambuco, onde o próprio Kalley organizou a Igreja Evangélica Pernambucana no ano de 1873 e, à partir destas duas igrejas, outras foram implantadas em outras cidades.
Kalley deixou um grande legado não só para as igrejas que se originaram de seu ministério, mas também para todo o Protestantismo brasileiro. Através de sua luta, em um período onde não havia liberdade religiosa, alcançou conquistas substanciais que passaram a constituir um legado para todos os brasileiros acatólicos e para a história do direito civil brasileiro. O casamento civil, a utilização de cemitérios públicos e o registro dos filhos de pessoas não-católicas foram conquistas que realçaram a liberdade religiosa brasileira até os dias de hoje. Deixou também uma hinologia básica para várias denominações comporem os seus hinários.
Kalley voltou para a Escócia em 10 de julho de 1876, tendo deixado à Igreja Evangélica Fluminense uma súmula doutrinária composta por 28 artigos conhecida como “Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo” e João Manoel Gonçalves dos Santos foi seu substituto no pastorado da mesma Igreja.
Kalley veio a falecer em 7 de janeiro de 1888. Mesmo depois de sua morte, D. Sarah Kalley cria a Help for Brazil Mission, com o objetivo de enviar obreiros para trabalharem juntos às igrejas fundadas por Kalley.
No ano de 1913, treze igrejas locais originárias do trabalho do casal Kalley se reuniram e formaram a União das Igrejas Evangélicas Indenominacionais, que mais tarde passaram a ser chamadas Congregacionais. Essas igrejam possuiam em comum a forma de governo congregacional e subscreviam como declaração de fé a Breve Exposição das Doutrinas Fundamentais do Cristianismo.
A partir de 1942 as igrejas Congregacionais estiveram unidas à Igreja Cristã Evangélica do Brasil (ICEB), formando uma denominação que veio a se chamar União das Igrejas Evangélicas Congregacionais e Cristãs do Brasil (UIECCB). Esta união durou até janeiro de 1968. Em 1969 foi aprovada a nova Constituição da nova entidade que agregara as igrejas congregacionais do país – União das Igrejas Evangélicas e Congregacionais do Brasil.
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