Arqueólogos revelam detalhes sobre a batalha que destruiu o Segundo Templo

Israel comemora esta semana os 50 anos desde sua reunificação. Enquanto as Nações Unidas tentam negar o vínculo histórico do Estado judeu com sua capital, novas evidências arqueológicas são reveladas, agora pela Autoridade de Antiguidades de Israel e pela Autoridade de Natureza e Parques sobre a batalha ocorrida na cidade há 2.000 anos.
Na rua principal, que levava dos portões da cidade e do Tanque de Siloé até o Templo, foram encontradas pontas de flechas e bolas de pedra. Esses artefatos ajudam a detalhar como ocorreu a última batalha entre o exército romano e os rebeldes judeus, que mantinham barricadas dentro da cidade.
As escavações, realizadas nos últimos anos graças ao financiamento da Sociedade Cidade de Davi, mostram um pouco como foi o confronto que resultou na destruição de Jerusalém. Ela ecoa a descrição do historiador Flávio Josefo, um judeu romano que registrou o que testemunhou quando a cidade e o Templo foram totalmente destruídos no ano 70 d.C.
Segundo os diretores da escavação, Nahshon Szanton e Moran Hagbi, “as descrições de Josefo sobre a batalha na cidade baixa foram comprovadas pela primeira vez ‘de forma clara e assustadora’”. Por exemplo, bolas de pedra iguais às encontradas agora, eram lançadas por catapultas contra Jerusalém durante o cerco romano.
Já as pontas das flechas usadas pelos rebeldes judeus nas batalhas contra os legionários romanos, se encaixam perfeitamente nos relatos escritos por Josefo dois milênios atrás.
Uma parte dessa grande rua, medindo cerca de 100 metros de comprimento por 7,5 metros de largura, foi exposta pelas novas escavações. Ele é pavimentada com grandes lajes de pedra conforme o costume das grandes construções em todo o Império Romano.
O material divulgado pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) dá conta que, até agora, essas escavações arqueológicas reforçam o entendimento de que Herodes, o Grande não foi o único responsável pelos grandes projetos de construção de Jerusalém no final do período do Segundo Templo.
A IAA explica que suas pesquisas recentes revelaram que a rua foi construída após o reinado de Herodes, apoiada pelos procuradores romanos de Jerusalém, possivelmente ainda durante o mandato do governador romano Pôncio Pilatos, o mesmo que condenou Jesus à morte na cruz.
Szanton e Hagbi declararam que “Esta conclusão lança uma nova luz sobre a história de Jerusalém no final do período do Segundo Templo, e reforça o reconhecimento da importância da autoridade dos procuradores romanos na formação de Jerusalém”.
“Dois mil anos após a destruição de Jerusalém e 50 anos após sua libertação, voltamos às cisternas de água, ao mercado e à praça da cidade que estavam aqui na véspera da sua destruição”, sublinham.
O Dr. Yuval Baruch, arqueólogo Autoridade de Antiguidades de Israel responsável pelas escavações em Jerusalém, disse que eles continuarão recuperando essa rua pelos próximos cinco anos.
“Na verdade, podemos dizer que essas escavações de agora na Cidade de Davi, são uma continuação natural das escavações arqueológicas anteriores realizadas neste local, iniciadas no passado por especialistas europeus e americanos. Uns quatro anos atrás as escavações arqueológicas foram renovadas ao longo da rua, visando expor a totalidade de seu comprimento e largura. Quando as escavações terminarem, o que restou da rua será preservado e poderá servir como local turístico, recebendo dezenas de milhares de visitantes para andarem sobre ela”, encerrou. 
Com informações Christian Today

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