Benjamin, o bebê do amor
Quando ele nasceu, houve festa. O primeiro filho.
Ela – a mãe – se lembrava de quantas vezes sonhou com aquele momento. Tocar no
fruto do seu amor. Olhá-lo. Beijá-lo. Se antes de ele nascer a vida já era bela
e já tinha sentido, agora passou a ter muito mais. Um pequenino ser havia saído
do seu ser. Milagre da vida. Milagre da criação. Em seu coração, ela já estava
disposta a amá-lo, a cuidar dele. Ele é o coração dela que bate fora do seu
corpo.
Porém, quando ele estava com dois meses, teve
algumas complicações de saúde. Foi conduzido ao médico. De lá, a outro. E a
outro. Encaminhado ao Recife. Foi dado o diagnóstico: meningite bacteriana. Ao
invés de se abater e chorar pelos cantos, ela decidiu lutar. Mas, como lutar
contra isso? Ela sabia que há batalhas que não se vencem com armas, mas com fé.
Ora, se a fé opera pelo amor, quem mais entende de amar, a não ser uma mãe?
Benjamin passou 66 dias internado no hospital. Só
ela sabe a dor que sentiu vendo o pequeno na UTI. Só ela sabe, também, a
importância que teve o abraço do marido, a companhia dos pais, as orações da
igreja. Toda vez que a Medicina trazia um relatório negativo, ela declarava o
relatório da fé: “Meu filho é curado e sarado”. O tamanho da fé impactou os
médicos no hospital.
Embora os diagnósticos indicassem uma iminente morte
cerebral, a força da fé ia traduzindo vida para o garoto. Mesmo na UTI, ele ia
crescendo, aprendendo, se desenvolvendo. Como toda criança, até mesmo
praticando das ‘suas’. Ao perceber que a enfermeira estava chegando para aplicar-lhe
remédio, ele fingia que estava dormindo, como quem querendo enganá-la. Como
quem mostra que a fé zomba da impossibilidade...
A doença não era maior do que o amor. Por isso, no
último dia 04, Ben – como o garoto é carinhosamente chamado – voltou para casa.
Em um mundo carente de esperança, nada melhor do que exemplos de que a fé e o
amor ainda podem fazer milagres. E não é a fé pela fé, mas a fé em Deus,
revelado em Jesus Cristo – Aquele que levou sobre Si as
nossas dores e nossas enfermidades, o castigo que nos traz a paz estava sobre
Ele e pelas suas chagas somos curados.
Esse texto não é ficção. É o depoimento firme do
poder da fé e do amor. Creio que orações mudam circunstâncias. E creio, mais
ainda, que uma mãe, quando ora, é o maior ímã de milagre que pode existir na
face da terra.
Seja bem-vindo, Benjamin. Agora, a festa é dupla. E
não se restringe mais a você, à mamãe Renata, ao papai Caio, nem ao vovô Cid e
a vovó Fabiana. Sua cura é motivo de alegria e esperança para todos nós. Vendo
você, podemos lembrar que não estamos sozinhos. E que há um Amor Eterno que
ainda não desistiu da humanidade.
Jénerson Alves
O Deus de ontem será o Deus de sempre.
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