Jovens cristãos querem conciliar a sua fé e sexualidade
Americanos que afirmam ser cristãos também podem ser contados entre aqueles com visões liberais sobre sexo antes do casamento.
Os jovens cristãos continuam a lutar com a questão de como conciliar os ensinamentos tradicionais e restritivos da igreja sobre ética sexual com as relações íntimas que experimentam e observam em seus círculos sociais, de acordo com uma professora de estudos religiosos e pesquisas recentes.
A visão cristã tradicional de que o sexo é apenas para ser vivido no casamento heterossexual tem sido partilhado por cada vez menos americanos ao longo dos anos. Uma pesquisa de 2013 indica que a geração Y (aqueles entre 18 e 30 anos) são os menos propensos a manter a mesma opinião. Americanos que afirmam ser cristãos também podem ser contados entre aqueles com visões liberais sobre sexo antes do casamento. Pode-se perguntar se isso significa que as doutrinas cristãs sobre sexo e sexualidade precisam ser relaxadas ou revistas para atender às necessidades e preocupações da atual cultura.
Dra. Teresa Delgado, professora associada do departamento de Estudos Religiosos da Universidade de Iona, nos EUA, desde 2005, apareceu no CP Newsroom para comentar sobre a mudança de atitudes de alguns cristãos sobre questões relacionadas à sexualidade humana. Ela que leciona Teologia e Ética anotou algumas das questões particulares que seus alunos de graduação têm compartilhado com ela ao longo dos anos, em termos de sentimentos conflitantes quando se trata de sua fé e sexualidade.
Muitos jovens americanos, predominantemente brancos e com idade inferior a 30 anos, tornaram-se desencantados com, ou até mesmo hostis em relação à religião. O Pew Research Center relatou um aumento de americanos sem religião, e explicou que "os não religiosos estão concentradas entre os adultos mais jovens, políticos liberais e pessoas que tomam posições liberais sobre o casamento do mesmo sexo". O Instituto Público de Pesquisa da Religião (PRRI, em inglês) informou no início deste ano que a pesquisa constatou que os jovens atuais tendem a apoiar mais o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O PRRI também identificou uma tendência específica em suas descobertas entre os jovens no que diz respeito à sua fé na infância.
"Quase um terço dos que abandonaram sua religião de infância, dizem que os ensinamentos [sobre] ou tratamentos desfavoráveis a gays e lésbicas desempenhou um papel importante nessa decisão”, disse o presidente do PRRI, Dr. Robert P. Jones, a respeito dos resultados da pesquisa.
The Christian Post fez um artigo anterior questionando se as igrejas evangélicas precisam aceitar o casamento gay para atrair a chamada “geração do milênio” ou “Millenals”:
"Mesmo entre os auto-descritos evangélicos, esses jovens mostraram o mais alto nível de apoio em 43% (embora a pesquisa incluísse apenas os evangélicos brancos), em comparação com 33% para a geração X (nascidos entre as décadas de 60 e 80), 22% para os “Baby Boomers” (nascidos entre 1943 e 1964) e apenas 19% para aqueles com mais de 68 anos. A pesquisa também descobriu que 70% dos jovens "acreditam que os grupos religiosos estão alienando os mais novos por serem muito críticos sobre as questões de gays e lésbicas".
Alguns evangélicos têm apontado para este e outros estudos similares para argumentar que “as igrejas evangélicas precisam acabar com sua oposição ao casamento gay elas vão acabar”.
Apesar de falar de uma perspectiva católica romana, as observações de Delgado refletem as preocupações gerais defendidas pelos cristãos, e os Millennials, em particular.
Fonte: The Christian Post
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