Assad promete defender sírios de todas as religiões

Em carta enviado ao Papa Francisco, o presidente sírio Bashar al-Assad firmou o compromisso de defender a população, independente da religião, das tropas rebeldes formadas por radicais sunitas.

O texto não foi divulgado e o Vaticano não quis comentar o teor da conversa, mas a agência oficial de notícias da Síria, a Sana, informou que o presidente resolveu se manifestar a respeito dos pedidos de paz feito pelo líder católico.


Segundo a Sana, Assad manifestou sua “determinação de exercer seu direito de defender todos os cidadãos, independentemente de sua religião, dos crimes cometidos pelos bandos de takfiri [extremistas sunitas] que os atacam em suas casas, em seus locais de culto e em suas vizinhanças”.

A Síria tem um dos poucos regimes seculares entre os países árabes, a grande maioria vive sob o domínio do Islã. A guerra civil iniciada em 2011 tem cada vez mais motivações religiosas, pois são os muçulmanos sunitas que estão tentando derrubar o governo de Bashar al-Assad.
Em contra partida os alauitas, cristãos e sírios de outras religiões são a favor do atual presidente, o que tem gerado uma destruição de vilas, comércios e igrejas que são habitados por estas minorias.
Na carta Assad se compromete a resolver o problema por meio do “diálogo nacional entre sírios”, dispensando o apoio de forças estrangeiras.
Negando o oferecimento de ajuda feito pelo líder católico, o presidente sírio disse ao papa que “o povo sírio é o único senhor de seu próprio destino e só ele pode escolher sua liderança”.
Ele também teria acusado os países vizinhos de incentivarem os ataques ao oferecerem “apoio militar, logístico e material” aos terroristas que já mataram milhares de pessoas nos últimos anos.

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