Bruno Leandro - COMO DEVE SER NOSSO CULTO RACIONAL?

Romanos 12: 1-5

Meus irmãos e minhas irmãs o Apóstolo São Paulo começa esse capítulo nos chamando para vivermos nossa vida em retidão e santidade e nos chama também para termos uma vida como culto espiritual.

O Apóstolo pede que nós devêssemos apresentar o nosso corpo como um sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto espiritual. Ai surge uma pergunta: Como podemos apresentar nosso corpo dessa maneira?

O corpo é uma representação de todos os nossos membros e, por extensão, de toda a nossa vida. Percebamos também que sacrifício vivo é, na verdade, um ato razoável de adoração, ou seja, um culto racional. Esse culto racional é o mínimo que podemos fazer, pois se o Filho de Deus morreu por nós devemos viver por ele.

Podemos ver também que a expressão culto racional pode ser traduzida por culto espiritual. Como cristãos e sacerdotes, não nos apresentamos a Deus com o corpo de animais imolados, mas com o sacrifício espiritual de uma vida submissa. Também lhe oferecemos nosso serviço (Rm. 15:16), louvor (Hb. 13:15) e nossos bens (Hb. 13:16).

Vemos também que São Paulo nos alerta a não nos conformarmos com este século. Devemos nos separar das coisas mundanas, caso contrário, não seremos cristãos. Pois ser cristão é andar contraria as coisas mundanas. O mundo não tem nada a nos oferecer. Uma vez que nos tornamos parte do reino de Deus, devemos abandonar a mentalidade e o estilo de vida do mundo.

O homem que vive no mundo elabora para si um sistema que é falho, mas que ilude o próprio homem que vive uma tentativa de obter a felicidade sem Deus. Cristo morreu para nos libertar do mundo. O mundo está crucificado para nós, e nós, para ele. Para um cristão, amar o mundo é trair o Senhor. Quem ama o mundo é inimigo de Deus.

Temos então por tanto três chaves para conhecer a vontade de Deus.

1ª – Apresentar nosso corpo ao Senhor;
2ª – Ter uma vida separada;
3ª – Ter uma mente transformada.

Vemos também que São Paulo nos fala sobre o serviço por meio dos dons espirituais. O objetivo é tratar várias linhas corretas e distorcidas de pensamentos.


O apóstolo nos chama aqui (v. 3) para sermos humildes e usar nossos dons espirituais não com sentido de superioridade, mas no sentido de que estejamos juntos cooperando para o crescimento do reino de Deus.
Precisamos entender que cada pessoa é singular e que todos nós temos funções diferenciadas na propagação da palavra de Deus. Meus queridos devemos nos alegrar com o lugar que Deus nos deu na propagação de sua palavra. Devemos nos alegrar também com o lugar que Deus deu a cada um no Corpo e procurar exercer nossos dons com todo o poder que Deus nos concede. Uma vez que somos todos iguais diante de Deus, nenhum grupo ou indivíduo tem o direito de reivindicar grau superior aos demais; todos fomos salvos mediante a graça por meio da fé (Ef. 2:8). O orgulho enfraquece a unidade da igreja.

No verso 4 São Paulo traz a ilustração do corpo humano mostrando que o mesmo tem muitos membros mas que cada um tem o seu papel a ser desempenhado. Aqui o Apóstolo está comparando a igreja ao nosso corpo e sua variedade de membros. A saúde e o bem-estar do corpo dependem do funcionamento adequado de cada membro.

O mesmo acontece no corpo de Cristo. Há uma unidade (um só corpo), diversidade (muitos) e aqui não devemos ter essa diversidade levada como os liberais para justificar a união de pessoas do mesmo sexo dentro das igrejas e nem da ordenação sacerdotal do mesmo. Pois o homossexualismo é abominável aos olhos de Deus (Lv. 18.22; 20:13; Rm. 1.26-27) e interdependência (membros uns dos outros).

 
Devemos usar nossos dons para a unidade do corpo e não com egoísmo ou ostentação. Nenhum dom é auto-suficiente e nenhum é desnecessário.

Paz e Bem

Bruno Leandro é Pastor Local na Igreja Anglicana Reformada do Brasil - Comunidade Anglicana Videira Verdadeira

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