Raul Gil Jr.: "O artista gospel não pode ser carne de vaca, ele tem que ser valorizado"
Jamily, Robinson Monteiro, Gabriela Rocha, Jotta A., Renato Vianna, são alguns dos muitos artistas gospel que foram descobertos e revelados no Programa Raul Gil.
Raul Gil Júnior, filho do apresentador Raul Gil e mais conhecido como Raulzinho, é o diretor do programa e grande incentivador da música gospel.
Em entrevista exclusiva ao GUIAME, Raul Gil Júnior contou com mais detalhes como aconteceu essa entrada da música gospel no programa e como ela tem sido aceita até hoje.
Ao que ele se lembra, a música gospel ganhou força com Robinson Monteiro em 2001. O cantor, que ficou conhecido como ‘anjo’, cantava músicas da Whitney Houston e Mariah Carey. “Dali pra frente nós nos interessamos cada vez mais por música gospel”, conta Raulzinho.
Quando o programa saiu da Record para a Band, um editor mostrou para Raul Gil Jr. Um grupo chamado Diante do Trono. “Fiquei realmente muito impressionado com a Ana Paula Valadão”, relata o diretor, que convenceu ao pai e à produção a levar o Diante do Trono no quadro ‘Homenagem ao Artista’. O programa foi um sucesso e a audiência deu a Raulzinho ainda mais força para levar outros cantores.
Mas o programa não tem apenas público evangélico. Raulzinho diz que nem todo mundo gosta de música gospel e acabam criticando o programa pela quantidade de música gospel. Ele explica que não é porque eles querem, mas porque os cantores levam essas músicas.
“Todos os grandes calouros sempre cantavam músicas gospel porque os grandes artistas acabam nascendo dentro da Igreja. A Igreja dá uma base muito forte para que eles nasçam lá dentro e façam grande sucesso”, expõe o diretor.
Um caminho para o gospel
“Entrar no programa Raul Gil se tornou um caminho para quem queria cantar música gospel”, afirma Raul Gil Júnior.
“Todo mundo quer um lugar dentro do Programa Raul Gil porque é um programa verdadeiro que não faz por audiência, faz porque gosta, porque a nossa mensagem é de família, amor, fraternidade, de Deus, nosso palco é nosso altar. É ali que nascem os talentos gospel e brasileiros. Poder fazer televisão desse jeito é muito gratificante. Fazer um programa descente, sem ser apelativo e dar audiência é o que dá sentido ao meu trabalho”, garante.
Raulzinho conta que se tivesse que escolher entre dar pouca audiência, mas apresentar um programa descente, ou dar muita audiência e precisar ser apelativo, ele não teria dúvida em escolher dar pouca audiência.
“Meu pai agradece a Deus pelo programa que ele faz há 30 anos. Não é de agora que a gente fala de esperança, de família, de amor e de Deus. Sempre foi assim”, comenta ele.
A entrada da música gospel no Programa Raul Gil foi muito natural, segundo Raul Gil Júnior. Na Record, como as pessoas vinculavam a emissora à Igreja Universal, a própria emissora pedia que o programa não colocasse muitos cantores gospel porque poderia parecer algo forçado pela igreja. Por esse motivo, ao ir para outra emissora o programa teve mais liberdade.
Raul Gil Júnior, filho do apresentador Raul Gil e mais conhecido como Raulzinho, é o diretor do programa e grande incentivador da música gospel.
Em entrevista exclusiva ao GUIAME, Raul Gil Júnior contou com mais detalhes como aconteceu essa entrada da música gospel no programa e como ela tem sido aceita até hoje.
Ao que ele se lembra, a música gospel ganhou força com Robinson Monteiro em 2001. O cantor, que ficou conhecido como ‘anjo’, cantava músicas da Whitney Houston e Mariah Carey. “Dali pra frente nós nos interessamos cada vez mais por música gospel”, conta Raulzinho.
Quando o programa saiu da Record para a Band, um editor mostrou para Raul Gil Jr. Um grupo chamado Diante do Trono. “Fiquei realmente muito impressionado com a Ana Paula Valadão”, relata o diretor, que convenceu ao pai e à produção a levar o Diante do Trono no quadro ‘Homenagem ao Artista’. O programa foi um sucesso e a audiência deu a Raulzinho ainda mais força para levar outros cantores.
Mas o programa não tem apenas público evangélico. Raulzinho diz que nem todo mundo gosta de música gospel e acabam criticando o programa pela quantidade de música gospel. Ele explica que não é porque eles querem, mas porque os cantores levam essas músicas.
“Todos os grandes calouros sempre cantavam músicas gospel porque os grandes artistas acabam nascendo dentro da Igreja. A Igreja dá uma base muito forte para que eles nasçam lá dentro e façam grande sucesso”, expõe o diretor.
Um caminho para o gospel
“Entrar no programa Raul Gil se tornou um caminho para quem queria cantar música gospel”, afirma Raul Gil Júnior.
“Todo mundo quer um lugar dentro do Programa Raul Gil porque é um programa verdadeiro que não faz por audiência, faz porque gosta, porque a nossa mensagem é de família, amor, fraternidade, de Deus, nosso palco é nosso altar. É ali que nascem os talentos gospel e brasileiros. Poder fazer televisão desse jeito é muito gratificante. Fazer um programa descente, sem ser apelativo e dar audiência é o que dá sentido ao meu trabalho”, garante.
Raulzinho conta que se tivesse que escolher entre dar pouca audiência, mas apresentar um programa descente, ou dar muita audiência e precisar ser apelativo, ele não teria dúvida em escolher dar pouca audiência.
“Meu pai agradece a Deus pelo programa que ele faz há 30 anos. Não é de agora que a gente fala de esperança, de família, de amor e de Deus. Sempre foi assim”, comenta ele.
A entrada da música gospel no Programa Raul Gil foi muito natural, segundo Raul Gil Júnior. Na Record, como as pessoas vinculavam a emissora à Igreja Universal, a própria emissora pedia que o programa não colocasse muitos cantores gospel porque poderia parecer algo forçado pela igreja. Por esse motivo, ao ir para outra emissora o programa teve mais liberdade.
Movimento de sucesso
Depois de revelar tantos artistas, Raul Gil Júnior diz que hoje é normal ver artistas que foram revelados no programa fazendo sucesso. Ele cita Jotta A. como exemplo e lembra que quando o viu cantar pela segunda vez já sabia que havia uma estrela ali.
“Nós nos acostumados com esse movimento de sucesso dentro do programa”, diz o diretor
Além de revelar talentos, o programa também apoia talentos já revelados. Como exemplo, Raulzinho citou Regis Danese que estava fazendo sucesso nas rádios e não aparecia na televisão, até que foi convidado pelo Programa Raul Gil.
“O objetivo é contribuir para que o movimento gospel esteja cada vez mais forte. E o movimento são grandes artistas e grandes músicas”, completa.
Valorização da música x Interesse comercial
Na entrevista, Raul Gil Júnior comentou a aparição de cantores gospel em programas de televisão de diversas emissoras. “O Diante do Trono foi no ‘Caldeirão do Huck’ porque a Som Livre pediu. Só vai entrar na Rede Globo artistas gospel da Som Livre”, disse ele alertando ao interesse puramente comercial.
O diretor lembrou que já colocou cantores de todas as gravadoras no Programa Raul Gil. “Não é questão comercial, é querer dar força para a música gospel porque isso casa com a nossa mensagem.”
“Possivelmente não vai acontecer de a música gospel entrar em outros programas sem uma força comercial por trás”, lamentou Raulzinho.
Um cantor gospel aparecer na televisão significa que a música gospel está sendo valorizada? O entrevistado acredita que sim porque chega uma hora que não dá mais para barrar, como é o caso de Regis Danese que faz grande sucesso no Brasil. “Mas eu quero ver eles colocarem a Lauriete, a Elaine de Jesus, a banda do Senador Magno Malta no ‘Caldeirão do Huck’. Não casa com o programa e eles não têm esse interesse”, completa.
Raul Gil Júnior não tem dúvida de que a valorização da música e do cantor gospel existe dentro do Programa Raul Gil justamente por não ser um programa gospel, apesar de ter uma mensagem cristã.
“A intenção é que o programa seja popular, mas que, às vezes, consigamos colocar um artista e valorizar a mensagem dele. O artista gospel não pode ser 'carne de vaca' no programa, ele tem que ser especial”, finalizou.
por Juliana Simioni
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