Produtor secular não poupa elogios ao falar de bandas evangélicas

Regis Tadeu (foto), produtor musical e colunista do Yahoo, publicou nesta semana um artigo com o título “Quando religião vira música boa”.
No texto, o produtor deixa claro que sua intenção não é falar sobre as diversas crenças, mas sobre a qualidade de alguns trabalhos.
Regis Tadeu diz que poderia falar sobre U2, Elvis Presley, Ray Charles, Johnny Cash, Aretha Franklin e o Al Green, que são alguns cantores que tinham algumas mensagens religiosas nas canções, “mas os alvos aqui são aqueles que realmente construíram suas carreiras totalmente em cima de sólidos preceitos da crença de cada um”, explicou.
Confira abaixo os comentários que o produtor fez sobre Oficina G3, Kirk Franklin e P.O.D.:

OFICINA G3
Disparado, é a melhor banda cristã do Brasil e, por que não, da América Latina. Junto com outros grupos, como Fruto Sagrado, Resgate e Katsbarnea, foi um dos primeiros responsáveis por injetar na música cristã o peso do rock. No caso do Oficina G3 – liderado pelo extraordinário guitarrista/vocalista Juninho Afram -, este peso vem aumentando à medida que a banda lança seus discos, sendo que o auge foi atingido no CD Depois da Guerra, lançado em 2009 e produzido pelos dois maiores especialistas em som pesado de nosso País: Heros Trench e Marcelo Pompeu, o guitarrista e o vocalista do Korzus, respectivamente.
Sem usar de artifícios explícitos para mandar suas mensagens por intermédio de letras bem elaboradas, os caras ainda dão uma caprichada na agressiva moldura sônica influenciada pelo chamado “metal progressivo”, como dá para sacar perceber em “Meus Próprios Meios” e “Muros”.

KIRK FRANKLIN
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Este excelente cantor, pregador e diretor de corais gospel tem uma interpretação sempre vibrante e uma habilidade rara em criar discursos religiosos por cima de bases dançantes que fazem o Prince parecer um batuqueiro de lataria de ônibus escolar.
Tente ficar parado vendo e ouvindo maravilhas como “Stomp” , “Revolution” e “My Desire”. Não dá…
P.O.D.
pod 500 Produtor secular não poupa elogios ao falar de bandas evangélicas
Tem muita gente que acha que os caras são uma “versão gospel” do Korn. Ledo engano. O caldeirão sonoro deste grupo cristão é muito mais variado, cabendo generosas doses de rap e heavy metal, música latina, reggae… É como se fosse um amálgama sonoro de Bad Brains, The Police, Rage Against the Machine e Bob Marley.
Não dá para ficar imune a belas canções como “Youth of the Nation”, “Goodbye for Now” e “Southdown.

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