ESPECIAL: A Reforma e o Protestantismo de Hoje
Calvino escreveu: “Cristo ordenou sua Igreja de tal forma, que se [a pregação pura do evangelho] for removida, o edifício inteiro deve cair” (Institutas 4.1.2). Àqueles que imploravam por tolerância de erros doutrinários em nome da Igreja Mãe, Calvino replicou: Há algo ilusório em nome da moderação, e a tolerância é uma qualidade que tem uma bela aparência, e parece digna de louvor; mas a regra que devemos
observar a todo preço é, nunca suportar pacientemente que o nome santo de Deus seja assaltado com blasfema ímpia – que sua verdade eterna seja suprimida pelas mentiras do diabo – que Cristo seja insultado, seus santos mistérios poluídos, almas infelizes cruelmente assassinadas, nem deixar a Igreja padecer em extremo sob o efeito de uma ferida mortal. Isso não seria mansidão, mas indiferença sobre coisas que deveriam vir em primeiro lugar (A Necessidade de Reformar a Igreja).
O povo protestante, tolerando a falsa doutrina e aderindo a instituições apóstatas,
não entende que seus ancestrais abriram mão de tudo – por doutrina. Não entendem que
homens de carne e sangue como eles uma vez desafiaram tudo e arriscaram transformar o
mundo num tumulto – por doutrina. Eles não entendem mais as palavras do poderoso hino
de Lutero: “Se temos de perder, famílias, bens, poder. Embora a vida vá” – por doutrina.
A gravidade dessa indiferença para com a verdade está no fato de ser uma
indiferença para com a glória de Deus. Deus é glorificado na verdade do evangelho; e é
desonrado quando homens transformam sua verdade em mentira. A Igreja da Reforma
incendiou-se com desejo pela glória de Deus. Onde isso será achado no Protestantismo de
hoje? Deus julga esse desprezo pela sua glória no evangelho, punindo até aqueles que não o
glorificam como Deus quando ele é revelado na criação (Rm. 1:18ss.). Por falta de amor à
verdade, homens e mulheres são punidos nesses últimos dias com um forte delírio, da parte
de Deus mesmo, para que creiam na mentira, “para que sejam julgados todos os que não
observar a todo preço é, nunca suportar pacientemente que o nome santo de Deus seja assaltado com blasfema ímpia – que sua verdade eterna seja suprimida pelas mentiras do diabo – que Cristo seja insultado, seus santos mistérios poluídos, almas infelizes cruelmente assassinadas, nem deixar a Igreja padecer em extremo sob o efeito de uma ferida mortal. Isso não seria mansidão, mas indiferença sobre coisas que deveriam vir em primeiro lugar (A Necessidade de Reformar a Igreja).
O povo protestante, tolerando a falsa doutrina e aderindo a instituições apóstatas,
não entende que seus ancestrais abriram mão de tudo – por doutrina. Não entendem que
homens de carne e sangue como eles uma vez desafiaram tudo e arriscaram transformar o
mundo num tumulto – por doutrina. Eles não entendem mais as palavras do poderoso hino
de Lutero: “Se temos de perder, famílias, bens, poder. Embora a vida vá” – por doutrina.
A gravidade dessa indiferença para com a verdade está no fato de ser uma
indiferença para com a glória de Deus. Deus é glorificado na verdade do evangelho; e é
desonrado quando homens transformam sua verdade em mentira. A Igreja da Reforma
incendiou-se com desejo pela glória de Deus. Onde isso será achado no Protestantismo de
hoje? Deus julga esse desprezo pela sua glória no evangelho, punindo até aqueles que não o
glorificam como Deus quando ele é revelado na criação (Rm. 1:18ss.). Por falta de amor à
verdade, homens e mulheres são punidos nesses últimos dias com um forte delírio, da parte
de Deus mesmo, para que creiam na mentira, “para que sejam julgados todos os que não
creram a verdade…” (2Ts. 2:10-12).
Tudo isso – abandono do evangelho da graça, adoção do outro evangelho (das obras e do livre-arbítrio) e indiferença à verdade – pode ser resumido como uma rejeição da Palavra de Deus. Esse era o pecado da Igreja pré-Reforma: ela rejeitou a Palavra negando a autoridade única da Escritura, e rejeitou a Palavra repudiando a mensagem da
Escritura – salvação pela graça somente. Todas as coisas erradas naquela Igreja poderiam
ser traçadas até esse mal. E esse é o mal do Protestantismo de hoje.
David J. Engelsma
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Fonte: Excerto do panfleto The Church Today and the
Reformation Church: A Comparison.
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