DIVÓRCIO DE PASTORES: I


Uma reflexão necessária

“Quem não estiver confuso não está entendendo a situação” - Edward R. Murrow

Introdução

Depois de uma briga “daquelas” entre o pastor e sua esposa, ela sentou na cama e disparou:

“Prá mim chega, vamos procurar um advogado!”
Ele gelou, e numa fração de segundos, seus 15 anos de casamento passaram rapidamente em sua mente como um trayler de um filme, e deduziu que seu casamento havia acabado ali.

“Sou mais um pastor divorciado”, pensou!
Mas respirou fundo, ainda meio paralisado sob o impacto do clima que pairava no quarto naquele momento, ainda conseguiu conversar com ela e decidiram procurar ajuda externa de amigos e profissionais habilitados, para tentar solucionar a crise. Esse procedimento os levou a entender que uma boa relação familiar precisa de manutenção constante, pois casamentos são como obras do governo: construções inacabadas.

No ano 2000 foram feitos no Brasil, “121.417 pedidos de divórcios”. 1 Cerca de 332,64por dia. Nesses divórcios estão muitos pastores e esposas que não conseguiram ficar casados, mesmo fazendo tentativas: “eu fiz tudo o que podia ser feito”, me disse um colega recentemente. O tempo dos descartáveis tem transformado relações humanas em relações objetais, facilitando assim as separações. O divórcio não era permitido no Brasil até dezembro de 1977, hoje pode acontecer em apenas 45 minutos. Logo a tendência natural é que cresça o número de divórcios no Brasil, o que aumentará o divórcio entre pastores e esposas.

Serão consideradas aqui três questões relativas ao divórcio de pastores: Os porquês do mesmo, o que fazer ante os sinais do mesmo, e o procedimento quando ele for uma realidade. Não há a pretensão de ser a última palavra nem de cobrir completamente o tema. O propósito é refletir sobre o assunto que assusta e entristece qualquer cristão sincero, e sugerir contribuições para a diminuição das separações de pastores. Se uma só for melhorada, haverá grande satisfação.

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