Dilma recebe apoio de lideranças evangélicas


A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, recebeu o apoio político de lideranças evangélicas de 15 igrejas. O encontro ocorre em meio à polêmica com o bispo da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Luiz Gonzaga Bergonzini, que pregou boicote à campanha petista que segundo ele, seria favorável à descriminalização do aborto.
O ato político reuniu 2.000 fiéis de denominações como a Assembleia de Deus, Sara Nossa Terra e Igreja Universal do Reino de Deus. Segundo o coordenador do movimento evangélico da campanha petista, pastor Manoel Ferreira (PR-RJ), o apoio à petista foi negociado e eles teriam recebido uma promessa de que um eventual governo Dilma deixaria o aborto e a união civil para ser discutida no Congresso.

'É um ato para dizermos que somos e defendemos Dilma Rousseff. Nós construímos um entendimento de que essas questões polêmicas, como aborto e união de pessoas do mesmo sexo, seriam tratas pelo Congresso. Isso é muito importante porque não partiria do Executivo nenhuma medida nesse sentido. A discussão seria dos parlamentares', disse.

Essa será a primeira reunião do grupo com Dilma após o início oficial da campanha presidencial. Durante a pré-campanha, Dilma já havia participado de um culto da Assembleia de Deus em São Paulo.

O coordenador afirmou que essas lideranças serão instruídas a defenderem o voto em Dilma. 'Não sei se haverá pregações falando da Dilma, mas, sem dúvida, a nossa orientação é para que eles levem a nossa indicação do voto nela', afirmou.

Pelos números do coordenador --que preside o Ministério Madureira com seis milhões de seguidores--, cerca de 25% dos 190 milhões de brasileiros são evangélicos. A campanha petista não tem uma meta de votos nesse segmento. 'Ainda é cedo para fazermos essa previsão, mas tenho certeza que o cenário é extremamente favorável para ela', disse.

Questionado se o apoio natural dos evangélicos não seria para a candidata do PV, Marina Silva, declaradamente praticante da religião, Pastor Manoel Ferreira afirmou que não houve um diálogo com a presidenciável verde. 'A candidatura dela não é dos evangélicos. É dela. Não houve uma conversa, não fomos procurados', afirmou.

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