Conclusão

PRESENTIA – O senhor poderia citar algumas contradições do Evolucionismo?
ADAUTO LOURENÇO – Posso. Deixe-me mencionar principalmente de Darwin, que é o que nos fala mais a respeito. Ele diz que a face da natureza deve ter permanecido uniforme por longos períodos de tempo, para que a Evolução pudesse acontecer. E ele termina o parágrafo do livro dizendo algo mais ou menos assim: “Como nós não conhecemos a causa da extinção de tantos animais, nós invocamos cataclismos e inventamos leis para explicar a extinção das várias formas de vida”. Um detalhe: invocamos cataclismos? Como é que os dinossauros desapareceram, segundo os evolucionistas? Através de um cataclismo. Darwin dizia que cataclismos não existiram. Os evolucionistas de hoje afirmam que teriam existido. Então, a proposta básica de Darwin é que a face da natureza nunca teria mudado. Nunca. Isso não é verdade. Temos no planeta marcas de quedas de meteoros, marcas de vulcanismo extremas, que produziram desvios, alterações radicais no planeta em um curto espaço de tempo. Segundo Darwin, para a Evolução acontecer, isso não poderia ter ocorrido. Essa é uma delas. A segunda é a seguinte: Darwin disse que se pudesse ser demonstrada a existência de qualquer órgão complexo que não tivesse passado por pequenas, numerosas e sucessivas modificações, a sua teoria se tornaria inútil. A salmonela, que é uma bactéria, possui um motorzinho que possui 40 partes proteicas funcionais. Se uma parte não estiver presente, o motor não funciona. Não existe uma maneira de explicar como esse motor teria surgido por meio de pequenas, sucessivas e numerosas modificações. Ou seja, ou o motor foi criado pronto, ou não há outra explicação. Darwin deixa bem claro que se tivéssemos apenas um exemplo de que um órgão complexo não teria passado por esses pequenos processos de avanço até chegar ao que ele é, a teoria dele estaria invalidada. Então, a teoria de Darwin, em sua base, está errada. Isso não quer dizer que em um ou outro ponto que Darwin propôs ele estava errado também. Não. O problema é que as pessoas olham para as coisas que ele acertou e acham que, por essas, a teoria toda está correta. Não. A base da teoria, eu citei duas, existem outras. As duas bases principais são essas – uma constância da estrutura do planeta, ou seja, o planeta não ter experimentado catástrofes, não houvesse mudanças repentinas em seu sistema. Para a proposta de Darwin, deveria ser desse jeito, o que é falso. A segunda é justamente essa questão da evolução. Ou seja, órgãos, funções, teriam de ter evoluído ao longo do tempo. Se você encontrar um órgão que não evoluiu, ou seja, que teria sido daquele jeito o tempo todo, a teoria dele cairia por terra. Ele mesmo disse isso. Esses são alguns dos exemplos que mostram que a teoria de Darwin está errada. Então, o evolucionismo darwiniano, nós sabemos que está com os dias contados.

PRESENTIA – As implicações do Evolucionismo foram além do ambiente da Biologia, passando a interferir na Química, Antropologia, Engenharia, Medicina e várias outras ciências sociais. Na sua opinião, quais as implicações que o Criacionismo poderia realizar em outras áreas científicas?
ADAUTO LOURENÇO – Olha, isso é um assunto, assim, que a gente poderia debater um semestre todo. As implicações do Criacionismo, literalmente, sugere mudanças profundas na nossa sociedade, de desigualdade, porque a proposta principal da teoria da evolução acerca das formas de vida é: que vença o que estiver melhor capacitado. Essa é a ideia que permeia a sociedade. O Criacionismo, por outro lado, ensina que todos nós fomos criados. Então, o processo de criação mostra funções diferentes, não posições diferentes. Ou seja, seres humanos têm uma função no planeta, do mesmo jeito que animais e plantas também têm uma função no planeta. É esse equilíbrio entre seres humanos, animais, plantas e a estrutura do próprio planeta que deveria ser preservado. Você percebe que o Evolucionismo, literalmente, não se preocupou com isso durante o século passado. O negócio era produzir, fazer, e o meio ambiente foi, simplesmente, jogado às traças, porque a ideia de que processos naturais iriam fazer com que a coisa se adaptasse. Você pode poluir os rios, que não vai ter problema, depois se adapta. Você pode acabar com as florestas, depois se adapta. E nós percebemos que não se adapta. Eles falam: “Ah, mas isso aí aconteceu em um tempo muito curto”. Nosso tempo também é muito curto. Ou seja, as implicações do Criacionismo na sociedade, na filosofia, é produzir uma sociedade mais justa, que sabe que cada um de nós tem uma função. Isso valoriza o indivíduo, porque eu faço parte de um sistema, eu tenho uma função dentro desse sistema. De uma forma geral, o sistema depende também da minha existência. Eu não sou algum descartável. Mas eu tenho um tempo limitado. Daí a relação direta ao próprio grupo de indivíduos já ter outro preparado para me substituir quando o meu tempo terminar. Então, são muitas as implicações do Criacionismo, em termos de sociedade, inclusive em termos de leis. Vai ver isso é o que assusta as pessoas, porque eles acham que o Criacionismo, ou seja, as implicações iriam começar a limitar as pessoas. É que o Criacionismo deixa bem claro: nós não somos animais, nem deveríamos agir ou reagir como animais, muito embora os evolucionistas dizem que nós somos animais. Mas existe uma diferença cognitiva entre o ser humano e os animais. Existe uma diferença de percepção entre o ser humano e os animais. Você pega um ser humano, coloca-o diante de um espelho, ele sabe que ali está ele. Ele se vê. Ele se reconhece. O animal não. Você pega um ser humano, esse ser humano é capaz de matar não para sobreviver, apenas por prazer. Os animais não fazem isso. Então, são diferenças muito grandes. A questão do Criacionismo leva o ser humano a ocupar o seu papel e a sua função como ser humano. Eu gosto de citar uma frase que não é minha, é uma frase de um grande pensador que viveu no século passado, o nome dele é Francis Schaefer, ele dizia o seguinte: “que os grandes males que vemos no século XX é porque o ser humano deixou de ser humano”. Eu creio que muito disso pode ser atribuído, sem medo de errar, a essa expressão do Evolucionismo nas muitas áreas do pensamento da sociedade. O Criacionismo sugere um padrão de vida muito melhor, não somente a curto prazo, como a longo prazo, devido às atitudes que brotam das implicações filosóficas desse pensamento científico.

PRESENTIA – Fale um pouco sobre a questão do lugar privilegiado da Terra no universo...
ADAUTO LOURENÇO – Olha, quem mais tem trabalhado nisso é um pesquisador da NASA chamado Guilhermo Gonzales. O Guilhermo Gonzales não é o único, mas tem liderado esse trabalho, ele tem feito o trabalho de estudar possíveis áreas do Universo onde haveria possibilidade de encontrarmos vida e, de preferência, vida inteligente. Ele começou a estudar as galáxias. O estudo dele, iniciado cerca de 20 anos atrás, estava baseado em conhecer áreas das galáxias para saber o que acontece dentro de cada uma delas. E, a pesquisa dele foi muito interessante, pois ele pôde demonstrar que existe uma faixa muito pequena entre o centro da galáxia e a extremidade da galáxia, uma faixa minúscula ali, onde poderiam haver estrelas com condição de ter planetas com condições de sustentar a vida. Se essas estrelas e planetas fossem muito próximos do centro da galáxia, literalmente, a quantidade de radiação produzida no centro da galáxia, calor e densidade, acabaria com qualquer tentativa de existência de vida. Agora, se por outro lado, essa estrela estivesse muito na extremidade da galáxia, os metais, as substâncias pesadas dos planetas, de moléculas e substâncias utilizadas pela vida não estariam presentes. Então, ele começou a estudar onde na galáxia você encontra a grande quantidade de elementos químicos necessários para que a vida possa se manifestar.

Por: Jénerson Alves

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