2- O DIVÓRCIO AVISA? Conclusão
Nada acontece da noite pro dia, a não ser chuva de verão. John Gottman chama os avisos do divórcio dos ”quatro cavaleiros do apocalipse” 10, que são: a crítica, o desrespeito, a defensividade e o muro de pedra. Normalmente um vem após o outro.
A crítica é o primeiro, e se instala quando os cônjuges começam a se acusar mutuamente com expressões como: “você sempre faz isso”.
O desrespeito vem em seguida com os insultos, zombarias e gestos corporais irônicos como revirar dos olhos, torcer os lábios, e ainda dizer: “Claro que você gosta muito de mim”.
A defensividade segue o desrespeito quando nasce o sentimento de vítima um do outro, e surgem acusações como: “Você nunca me leva a lugar nenhum”, ou “Você nunca tira o prato da mesa, eu tenho que fazer tudo sozinha nessa casa”.
Finalmente chega o cavaleiro muro de pedra. É ele quem faz os corações endurecerem e instala a frieza na relação conjugal. “Você nunca diz nada, só fica aí sentado. É como falar com um muro de pedras”. Jesus falou sobre ele, quando disse que são os corações endurecidos o motivo maior para os divórcios. Quando a relação chega aí, não há mais sentimento. Alguém já disse que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença. Enquanto há ódio há sentimento, há briga, há diálogo mesmo que rancoroso, mas quando se instala a indiferença, é como se o outro tivesse morrido. “A grande política do casamento é cada um ceder um pouco, para que nenhum dos dois tenha que ceder tudo”. 11
Ante os sinais do apocalipse do casamento, o casal deve respirar fundo, beber um copo com água e contar até dez. A oração a dois é um poderoso recurso e alguns filmes podem ser úteis. Kramer x Kramer, Diário de Uma Paixão, Um Amor para Recordar, Quando um Homem Ama uma Mulher, Como se Fosse a Primeira Vez, e Click. Se o casal não conseguir administrar a situação, deve buscar ajuda pastoral confiável, e se ainda assim, não melhorar, buscar terapia de casal, com um terapeuta de confiança dos dois.
3 – E SE NÃO HOUVER JEITO?
O divórcio é um grande sofrimento. Periodicamente acompanho casos e nunca vi bolo e refrigerante para a assinatura de papéis. Logo, quando não for possível manter viva a relação, o casal deve se esforçar para desfazê-la da forma menos dolorida possível, especialmente para preservar uma boa relação com os filhos, que não sendo responsáveis, sofrem muito. O que não deve acontecer é o cinismo. O casal não se suporta mais, não deseja buscar qualquer ajuda, mas por motivos egoístas, continua a viver junto, dormindo em camas e quartos separados. Tal relação é mais nociva que o divórcio.
Para os que já se divorciaram é importante refletir sobre os motivos que causaram a separação, para não repeti-los num possível segundo casamento.
Já aos que acompanham divorciados, que sejamos apoio. Críticas e acusações não ajudam a recuperar pessoas que estão com suas almas rasgadas. Portanto quando algum divorciado solicitar ajuda, sejamos uma mão amiga. Como disse o filósofo: “O preço de se dar mal é se dar mal”. 12 A dor já é muito grande.
No caso de pastores, no passado os que se separavam eram considerados fracassados numa área vital do ministério, a família; alguns foram abandonados por instituições e comunidades a quem serviram por anos. Hoje, dependendo da forma como ocorre a separação, são acolhidos e tratados por suas comunidades, permanecendo no exercício do ministério, reconstruindo a vida. Seu casamento acabou, mas sua vida e ministério não terminaram.
Conclusão
Não há qualquer garantia que um casamento dure até a morte de um dos cônjuges, se a graça do Senhor não estiver sobre o casal, quebrantando os corações; e os mesmos com humildade buscarem ajuda em oração, e os outros recursos disponíveis como amigos dispostos a ajudar, aconselhamento pastoral, encontros para casais e terapia de casal, para administrar as crises.
Nossa esperança é que a graça de Deus fortaleça os casamentos que ele uniu e transforme pelo poder do Evangelho, os que foram feitos por motivos errados.
Amém!
Pr. Marcos Quaresma
Missionário SEPAL Nordeste
A crítica é o primeiro, e se instala quando os cônjuges começam a se acusar mutuamente com expressões como: “você sempre faz isso”.
O desrespeito vem em seguida com os insultos, zombarias e gestos corporais irônicos como revirar dos olhos, torcer os lábios, e ainda dizer: “Claro que você gosta muito de mim”.
A defensividade segue o desrespeito quando nasce o sentimento de vítima um do outro, e surgem acusações como: “Você nunca me leva a lugar nenhum”, ou “Você nunca tira o prato da mesa, eu tenho que fazer tudo sozinha nessa casa”.
Finalmente chega o cavaleiro muro de pedra. É ele quem faz os corações endurecerem e instala a frieza na relação conjugal. “Você nunca diz nada, só fica aí sentado. É como falar com um muro de pedras”. Jesus falou sobre ele, quando disse que são os corações endurecidos o motivo maior para os divórcios. Quando a relação chega aí, não há mais sentimento. Alguém já disse que o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença. Enquanto há ódio há sentimento, há briga, há diálogo mesmo que rancoroso, mas quando se instala a indiferença, é como se o outro tivesse morrido. “A grande política do casamento é cada um ceder um pouco, para que nenhum dos dois tenha que ceder tudo”. 11
Ante os sinais do apocalipse do casamento, o casal deve respirar fundo, beber um copo com água e contar até dez. A oração a dois é um poderoso recurso e alguns filmes podem ser úteis. Kramer x Kramer, Diário de Uma Paixão, Um Amor para Recordar, Quando um Homem Ama uma Mulher, Como se Fosse a Primeira Vez, e Click. Se o casal não conseguir administrar a situação, deve buscar ajuda pastoral confiável, e se ainda assim, não melhorar, buscar terapia de casal, com um terapeuta de confiança dos dois.
3 – E SE NÃO HOUVER JEITO?
O divórcio é um grande sofrimento. Periodicamente acompanho casos e nunca vi bolo e refrigerante para a assinatura de papéis. Logo, quando não for possível manter viva a relação, o casal deve se esforçar para desfazê-la da forma menos dolorida possível, especialmente para preservar uma boa relação com os filhos, que não sendo responsáveis, sofrem muito. O que não deve acontecer é o cinismo. O casal não se suporta mais, não deseja buscar qualquer ajuda, mas por motivos egoístas, continua a viver junto, dormindo em camas e quartos separados. Tal relação é mais nociva que o divórcio.
Para os que já se divorciaram é importante refletir sobre os motivos que causaram a separação, para não repeti-los num possível segundo casamento.
Já aos que acompanham divorciados, que sejamos apoio. Críticas e acusações não ajudam a recuperar pessoas que estão com suas almas rasgadas. Portanto quando algum divorciado solicitar ajuda, sejamos uma mão amiga. Como disse o filósofo: “O preço de se dar mal é se dar mal”. 12 A dor já é muito grande.
No caso de pastores, no passado os que se separavam eram considerados fracassados numa área vital do ministério, a família; alguns foram abandonados por instituições e comunidades a quem serviram por anos. Hoje, dependendo da forma como ocorre a separação, são acolhidos e tratados por suas comunidades, permanecendo no exercício do ministério, reconstruindo a vida. Seu casamento acabou, mas sua vida e ministério não terminaram.
Conclusão
Não há qualquer garantia que um casamento dure até a morte de um dos cônjuges, se a graça do Senhor não estiver sobre o casal, quebrantando os corações; e os mesmos com humildade buscarem ajuda em oração, e os outros recursos disponíveis como amigos dispostos a ajudar, aconselhamento pastoral, encontros para casais e terapia de casal, para administrar as crises.
Nossa esperança é que a graça de Deus fortaleça os casamentos que ele uniu e transforme pelo poder do Evangelho, os que foram feitos por motivos errados.
Amém!
Pr. Marcos Quaresma
Missionário SEPAL Nordeste
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