Você tem Traumas? EMDR neles!!!

“Quero trazer a memória o que me dá esperança.”
(Lamentações 3:21)


Traumas, lembranças dolorosas, fobias e medos fazem parte da vida de quase todos nós. Vai desde uma cena na escola onde passamos por uma situação de humilhação, vexame ou injustiça até uma experiência dolorosa de perda de um ente querido ou de um abuso sexual, onde vivenciamos uma situação semelhante, com um imenso sentimento de impotência, sem saber o que fazer para nos defender. Em maior ou menor escala, todos já experimentamos algo dessa ordem.
E prosseguimos pela vida afora, carregando essas “cenas” vivas na memória, com um único e grande objetivo: passar por elas de novo? Jamais! Afinal de contas, foi isso que prometemos a nós mesmos: “quando eu crescer, nunca mais vou deixar ninguém fazer isso comigo de novo!” ou “nunca mais vou passar por essa experiência de novo”! E crescemos, trazendo, dentro de nós, as figuras do nosso mundo interno atualizadas nos nossos relacionamentos de agora. A cena da escola pode levar a uma dificuldade de falar em público (se expor, de novo? Não!). A cena do abuso sexual pode levar a uma dificuldade na sexualidade (permitir que alguém te toque de novo? Não!). E assim, comandados e controlados por esse inconsciente “protetor”, vivemos os nossos dias: entristecidos, adoecidos, infelizes!
No final da década de 1980, Dra. Francine Shapiro, uma psicóloga norte-americana, caminhando por um parque nos EUA, e pensando em coisas de sua vida, automaticamente, começa a movimentar os olhos de um ponto a outro da paisagem. E percebe que, fazendo isso, os seus pensamentos se processam numa velocidade acelerada, trazendo uma associação de outros pensamentos. Detém-se a estudar o que havia acontecido e faz algumas conexões: quando dormimos e sonhamos – o sono REM – nossos olhos se movimentam nas pálpebras fechadas; é o período de movimentos oculares rápidos do sono. Freud já dizia que o conteúdo dos nossos sonhos é material vindo do inconsciente. E se fizermos isso, acordados e conscientes, tendo nós mesmo, o controle de todo o processo que acontece no nosso cérebro?
E assim surgiu o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing) que fica assim traduzido: Dessensibilização e Reprocessamento das situações traumáticas através de Movimentos Oculares (que, com o aprimoramento do método também utiliza movimentos táteis e auditivos). Utilizado em mais de 70 países no mundo tem revelado resultados impressionantes. A cena traumática é acessada, junto com as imagens correspondentes, além da crença negativa que havia se instalado naquele momento (“Eu sou incapaz”, “Eu sou culpado”). Reprocessando e dessensibilizando, instalamos uma crença positiva (“Eu sou capaz”, “Eu não sou culpado”) que faz toda diferença na visão que o indivíduo passa a ter a respeito de si mesmo e da situação, a partir desse momento. A cena traumática não é esquecida, mas deixa de ser lembrada com dor e deixa de ser presentificada – fica onde deve ficar, no passado, permitindo que o indivíduo viva as experiências atuais livre dos medos do passado.

Podemos e devemos sim, trazer à nossa memória aquilo que nos dá esperança!

Adineide Nolasco – CRP 02/6856 - é Psicóloga, atuando, há 22 anos, na clínica e em treinamentos. Especialista em Gestão de Pessoas, Psicodrama, Terapia Familiar e de Casal e Terapia com EMDR, atende adolescentes, adultos, casais e famílias.
Contatos: 3723.5674 - 9972.2836 –8626.7074

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