Zé Global!


Ele completa no dia 26 de junho 50 anos de vida. É diácono da Igreja Evangélica Congregacional Família Viva, poeta, cordelista, escritor, humorista, teatrólogo, produtor cultural. Seus personagens já rodaram de norte ao sul do país, já atuou em rádio e televisão.
Iniciou sua carreira nos anos 70 fazendo esquetes nos retiros das igrejas e, hoje é ator profissional e vive integralmente da profissão.
Conheça um pouco mais sobre este homem de Deus talentoso que tem um legado cultural riquíssimo mas pouco conhecido.


Você sempre trabalhou nesta área ou fez outra coisa na vida?

Quando ainda criança, 10 anos, acho, trabalhei ajudando vovô Petú numa barraca de feira, depois trabalhei para um primo, Ivan, vendendo cigarros num fiteiro na calçada de uma loja (onde já foi o Cinema Santa Rosa e hoje é o Armazém do Norte). Daí comecei a trabalhar para mim, já com 12 anos, ficava na ponte velha para pegar frete das madames que iam para feira. Vendi também pipoca e revista usada na escada de entrada da casa onde ainda hoje, mãe mora. No Recife trabalhei de office boy num escritório e de serralheiro, numa metalúrgica, ainda adolescente. Daí segue-se: vendedor de retratos, bolsa de bebê, produto de medicina.
Em Aracajú trabalhei de camelô por quase três anos, com meu irmão e patrão Jobson. Em Belo Jardim, de ajustador mecânico. Em São Paulo, de office boy. Em Juazeiro do Norte, secretário da Igreja Congregacional. Só nos últimos 14 anos é que venho trabalhando de ator. Ora encenando, ora ensinando.

Quando foi que você percebeu sua vocação para o humor?

Aos 14 anos, nas festas de aniversário de familiares. Fazíamos vários esquetes de humor. Se fosse relacionar, acho que foi mais ou menos assim... Coronel Ludrunguinha (imitação do Coronel Ludugero); Zarôlho, o repórter assanhado; Nêgo Cricolino, cantor simpático; Zé Krenthynho (que participou muitos anos do Programa Um Toque de Amor na antiga Difusora - atual Rádio Jornal), contador de causos e casos; Biu, preguiçoso e fracote e o Velho Ancião, sábio e conselheiro (Ecl. 9:15).

Você já viajou bastante este Brasil, isso começou a partir de que personagem?

Com a efetivação do personagem BIU, veio a profissionalização com a peça “Biu e Zefa em: Cristão Quiabo”, sempre alternando com o “Monólogo do Zé Krenthynho”. Com a peça, viajamos se apresentando em igrejas e teatros por quase todo nordeste.
No auge dessa peça estavam comigo a atriz e irmã Andréia Lins, Pr. Vladimir nosso amigo e conselheiro e o irmão e incentivador Ademilton Ramos (em memória).
Com o personagem Zé Krenthynho viajei bastante; nordeste várias cidades e mais, São Bernardo do Campo, Suzano, Belo Horizonte, São Paulo.

Quais os personagens que você permanece fazendo?

Hoje continuo com Biu e Zefa e Zé do Cordé, antigo Zé Krenthynho.
Recentemente você, ao lado de mais quatro atores de Caruaru, foram selecionados e participaram de uma mini-série na Rede Globo, nos conte sobre esta experiência e também sobre esta nova fase, pois Biu e Zéfa já foi adaptada e filmada para TV.
Na microssérie gravada em Taperoá/PB, foi uma experiência primeira. Pude sentir na pele o fazer cinema e já, pela Academia de Filmes do Brasil. Foi uma aprendizagem específica, diferente. Trabalhei com 5 personagens.
Quanto a mais nova TV de Caruaru, TV LUMIÈRE, canal 31, a equipe é boa, acho que pode vingar um seriado com Biu e Zefa.

Planos para o futuro?

Passar dos 100 anos de idade vivendo assim...

Publicado em 2008

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