MÚSICA, DIVINA MÚSICA


Vemos que por termos sido colonizados por ingleses e ameri-canos recebemos no início toda influência do “jeito de ser” deles, inclusive na música. Os cânticos eram evangelísticos e o conteúdo teológico era adequado à pregação evangelística. Esse tipo de música era tido como “sacra” e essa mesma música era duramente combatida nos Estados Unidos, pois era considerada apenas como música popular, de segunda categoria, com elementos folclóricos. Ou seja, popular lá, e aqui no Brasil “sacro”.
Essa prática acontece desde Lutero O Reformador que usou a música popular de sua época e de sua realidade sociocultural para comunicar os valores da Reforma e do Evangelho. Ele declarou: “Não é justo que o diabo guarde pra si todas as melodias bonitas”, com esse raciocínio, pôs letras evangélicas em melodias populares.
O primeiro registro de composição popular brasileira vem do final da década de 70 com o Pr. Jasiel Botelho (fundador da Missão Jovens da Verdade), naquela época já havia traduções, mas ele compôs um cântico brasileiro e o grupo VENCEDORES POR CRISTO (VPC) gravou e, em 1978, lançava seu primeiro long play (disco de vinil) “Se eu fosse contar...” já na nossa cultura . O VPC permanece sólido e ativo até hoje. Os outros mais conhecidos foram ELO (depois passou a Grupo LOGOS), Novo Alvorecer, ...
No início dos anos 80, surgiram os nomes de Jairo Trench Gonçalves Jairinho (Elo), Sérgio Pimenta (VPC), Janires M. Manso (Rebanhão), todos já falecidos, mas, que deixaram uma contribuição ímpar na história da Música Cristã Contemporânea Brasileira. Os nomes que mais se destacaram e permanecem vivos até hoje são, Sérgio e Magali Leoto, Jorge Rendher, Nelsom M. Bomilcar, Nelsom P. Jr., Wesley e Marlene, Wolô, João Alexandre, Maurão, Guilherme Kerr, Jorge Camargo. Esses homens e mulheres foram usados por Deus para resgatar a visão correta de adoração (João 4) buscando alternativas, - música, artes plásticas, poesia, dança, artesanato, artes cênicas, que traduziam para o mundo a capacidade do homem brasileiro e sua criatividade em transmitir e expressar essa adoração.
A QUESTÃO DOS RITMOS
Desde 1978 que já existia “o chorinho”, a bossa nova, samba canção, com letras bíblicas. E, no início de 1980 veio o rock, baião, new wave, reggae, funk, hip hop, frevo, ciranda, etc.
O que veio depois deles é o que você conhece agora.
Frutos desta influência, seguindo cada um o seu estilo, em nossa cidade os pioneiros, nos anos 80, foram Grupo Louvor (estilo pop americano e brasileirando aos poucos), até os mais revolucionários Banda Nabhi e Desafio Jovem (rock progressivo, ritmos nordestinos samba reggae, maracatu, coco de roda, pagode, ciranda, salsa, etc.).
Não há, em nenhuma hipótese, o esquecimento de nomes como Feliciano Amaral, Luís de Carvalho, Tiago Duarte e, outros. Eles também marcaram época e aos poucos popularizaram suas músicas. Nem queremos excluir outros nomes de grupos e cantores(as) de Caruaru, que ao seu tempo e estilo também se deixaram usar por Deus para expressar um louvor contextualizado com nossa época e cultura. O que veremos na próxima edição.

Publicado em 2008

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