ESPECIAL 3º ENCONTRÃO Um pouco da história do ator Nelson Lima

Os muitos "Zés", entre eles: o Bebinho do São João; Severino Brejeiro; O Mendigo; O Ceguinho; Zé do Cordé; Biu; Coroné Ludrunguinha; O Prefeito Perfeito; Padre Jôsé; Aspone; Francisco Torres Martins; O Fanático; O Repórter da Copa.
Mais um talentoso servo de Deus será homenageado no Encontrão deste ano, desta vez alguém que dedicou sua vida a servir ao Senhor através das artes cênicas, mas tem um legado artístico imenso.
Zé Krenthynho, no Rádio
José Nelson de Almeida Lima (Nelson Lima) nasceu em 26 de junho de 1958 em Caruaru-PE. Casado com Suzete e pai de dois filhos e três netos. É diácono licenciado da Igreja Evangélica Congregacional Família Viva. Ator profissional e uma personalidade que se destacou no meio artístico cultural de nosso município vindo a ter o reconhecimento da Câmara Municipal de Caruaru com a medalha de Honra ao Mérito Álvaro Lins por seus relevantes trabalhos prestados ao município na cultura, sendo propositura do então vereador Jaelcio Tenório.
Nelson fazia esquetes humorísticos (pequenas peças de teatro) desde criança no ambiente familiar, já demostrando talento para o humor, ainda adolescente, em retiros espirituais (acampamentos na época de Carnaval) quando na época existia o GTEC, Grupo Teatral Evangélico Congregacional, vindo a ser depois Grupo Teatral Evangélico de Caruaru, já por causa da ampliação da visão e alcance. Criou, participou ou ajudou na formação de muitos grupos de teatros evangélicos da região.
Ao longo dos anos Nelson fortaleceu sua formação cristã na Primeira Igreja Evangélica Congregacional, que fica na Martins Júnior, em frente aos Correios, e depois na IEC de Aracaju (SE) vindo depois a ter militância ativa, como obreiro, em projetos da Visão Mundial.
Zé do Cordé
No rádio, no programa Um Toque de Amor, apresentado por Jaelcio Tenório na década de 80, na extinta Difusora e atual Rádio Jornal, fazia o personagem Zé Krenthynho e, com este personagem atuou em parceria com muitos ministérios evangelísticos como Mocidade Para Cristo do Brasil e Desafio Jovem, vindo a viajar com a Banda Desafio's em algumas de suas apresentações no Cantinho da Paz, na Paraíba.
Profissionalmente já desenvolveu diversas atividades, mas as que mais tempo dedicou no passado foi Torneiro Mecânico, Eletricista, tendo registrado em sua existência nesta última um trágico acidente que quase lhe custou a vida e vendedor em bar, loja e em feira de calçados.
Paralelamente, desde os 14 anos que faz teatro. No meio secular atuou em escolas, mas logo percebeu a necessidade de fazer cursos e oficinas de teatro, e assim fez, no SESC – Caruaru, com Severino Florêncio, duração de um ano e na Cia. Prazeres Barbosa.
Aulas no Projeto Cordel nas Escolas
Com seu envolvimento nas atividades artísticas culturais, Nelson Lima passou a viver profissionalmente da cultura. Seu trabalho já foi visto em todo nordeste e em algumas cidades do sul do país. É escritor, poeta de cordel, romancista, teatrólogo, comediógrafo e comediante, didático na área teatral.





Escreveu os seguintes textos teatrais: A Grande Conexão – cristão. Nosso chão nosso torrão – drama. Seu Tronquilino – comédia. Biu e Zefa em: Cristão Quiabo! Comédia. Era outra vez Madalena – romance. Biu e Zefa em: O Mundo vai acabar! Comédia. Escreveu e editou 40 títulos de cordel.
Personagem no São João deste ano: João Batista
Em suas viagens por vários Estados do Nordeste, BA, AL, PB, SE, RN, CE e PI com a peça, Biu e Zefa em: O Mundo Vai Acabar (que foi transformada em filme pela TV Lumiére).
Participou do filme local, Da Morte para a Vida, e da Microsérie A Pedra do Reino (pela Globo Filme), onde foi chamado para fazer um personagem e terminou fazendo quatro.
De início era apenas um Oficial de Justiça por nome Severino Brejeiro, uma pessoa funesta e contraditória, uma participação pequena, na verdade, quanto a tempo, mas significativa no contexto da história.
Coronel Ludrunguinha, Negro Cricolino, Repórter Zarolho, Seu Tronquilino, Zé Krenthynho, Biu de Zefa, Zé do Cordé, e o velho Ancião. Foto 2
A série relata um massacre de pessoas, até crianças, que tinham de derramar sangue, sacrificar-se, para ressurgir num Reino de Paz. E todo derramar de sangue se dar numa pedra - A PEDRA DO REINO.
Mais um lance de fanatismo religioso, rodeado de folclore, romance, suspense e etc. Que a Rede Globo produziu e levou ao ar em junho de 2007.
Desde 1996 até a presente data, aplica oficina de teatro em escolas, comunidade de bairros, creches de várias cidades tais como: Caruaru, Lajedo, Palmares, Recife, Belo Jardim, Garanhuns, Arcoverde, Pesqueira, Catende, Pedra de Buíque, Stª Cruz do Capibaribe/PE; em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Bebinho, Mendigo, Repórter da copa e O Prefeito Foto 1
Atuação profissional com personagens no período junino nos últimos anos
No período junino, desde 2009, atua na cidade cenográfica fazendo dupla com Ramatis Nepumoceno, interpretando dois bebinhos: Zé do Cordé e Zé Prequé.
Com o personagem Zé do Cordé foram feitas apresentações do Monólogo Teatral – Zé do Cordé Show, aula-espetáculo de cordel. Período – março a novembro de 2001 em Suzano/SP e São Bernardo do Campo/SP; como também em Caruaru e região. Apresentações avulsas Período: 3 e 7 de agosto/2011 na Fenearte – Festival Nacional de Arte - Local em Olinda.
Interagindo com alunos
Montou um trabalho para crianças da 1ª a 4ª séries, com a dupla Zé do Cordé e Zefa Cordelina, nos anos 2010/2011.
Em 2013, participou do curta “João Heleno dos Brito”, personagem “Tonho da Jega”, um filme de Neco Tabosa.
Chico Cobra e Lazarino
Atualmente está trabalhando, como convidado, na montagem do espetáculo teatral “Chico Cobra e Lazarino” de Racine Santos, dividindo o palco com o ator Lamartine Duarte e direção de Jô Albuquerque.
Com seus DVDs e Cordéis, ao lado do
jornalista e amigo Jénerson Alves
Também participa da Cia. Do Riso no show humorístico “Quem Ria Paga” de Lamartine Duarte. Participa com dois personagens: Aspone e Etelvino.
Dirige a PRODARTS, registrado profissionalmente como ator, D.R.T. nº 1650.
Sindicalizado no SATED (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de Pernambuco) com matrícula de nº 1332.
Cadastrado na Associação dos Artistas de Caruaru sob o nº 068.
dupla Zé do Cordé e Zefa Cordelina.
Integra a equipe de professores do “Projeto Cordel nas Escolas”, da Secretaria de Educação de Caruaru. Ensina a teatralidade do Cordel.
Zé do Cordel para alunos
Membro da Academia Caruaruense de Literatura de Cordel, ocupando a cadeira nº11 de João Martins de Athaide. Da qual foi presidente, no biênio maio de 2009 a maio de 2011, e também presidente da ASSARTIC – Associação dos Artistas de Caruaru, biênio 2010/2011.
É diretor da Cia. Prodart’s de teatro, atuando desde 1995.
Ocupa a cadeira nº 11 na Academia Caruaruense de Literatura de Cordel.Da qual foi presidente, no biênio maio de 2009/2011, e também presidente da ASSARTIC – Associação dos Artistas de Caruaru, biênio 2010/2011. No mesmo período diretor do Teatro João Lyra Filho.
Registrado profissionalmente como ator, D.R.T. nº 1650. Sindicalizado no SATED (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões no Estado de Pernambuco) com matrícula de nº 1332. Cadastrado na Associação dos Artistas de Caruaru sob o nº 068.
É professor de cordel na Rede Municipal de Ensino. É palestrante e faz aula-espetáculo.

ENTREVISTA

Confira entrevista antes de sua participação em PEDRA DO REINO concedeu entrevista à Presentia, publicada na época e reproduzida agora:
Na sua opinião a igreja deve afastar-se da cultura (como os monges no passado) ou deve assimilá-la?
Nelson - Não. Deve assimilar, estudar, participar.
Você acha que caberia a igreja o papel de incentivar o cristão a participar de atividades culturais tipo: visita a museus e exposições, shows de MPB ou teatro, cinema, etc.?
Nelson - Não. E muito menos proporcionar. Afinal órgãos governamentais e escolas já fazem isto. Basta a igreja não censurar o cristão que têm esse convívio.
Há mais de dez anos você vem trabalhando na igreja da região com esta visão. Que balanço você faz disso tudo? O que mudou, melhorou ou piorou em relação a visão das igrejas?
Nelson - Já são mais de 15 anos, só de tempo integral.
Balanço que faz: (não generalizado) meu compromisso para com Deus, beleza, cumprido. Objetivos alcançados (meus ou de Deus, não sei) quase nenhum. Digo quase, pois vejo hoje ainda igrejas tentando fazer trabalhos teatrais sérios.
Atuação na feira livre
O que mudou? minha disposição! E quanto a visão da igreja, acho que melhorou, o que falta é vontade e decisão para executar as melhorias.
De tudo o que você já fez na área cultural o que mais lhe marcou e o que mais lhe frustrou (literária, poesia, teatro, direção, interpretação, cursos, apresentações, etc.?
Nelson - O que me marcou mais foi o apoio moral e financeiro do irmão Ademilton Ramos (in-memória), membro da 1ª I. E. Congregacional de Belo Jardim. Apoio que me ajudou a profissionalizar a peça “Biu e Zefa”, e também torná-la em um filme.
Mas, dá desânimo depois de tantos anos servindo, de tempo integral, ao povo evangélico, não só do nordeste mas de todo o Brasil, ter de deixar de fazê-lo por falta de sustento! Falta evangélicos nos teatros, falta evangélicos que gostem de cordel, falta igrejas que encomendem oficinas de teatro.
E a experiência de participar de “A Pedra do Reino”?
Nelson - Ótima. Foi a primeira providência de Deus, depois da decisão de trabalhar para o público em geral, para prover o meu sustento.
Vem ai o 3º Encontrão Presentia, dezembro de 2016.
Sábado, 15 horas, no Teatro João Lyra, entrada franca.

"Boas lembranças podem nos fazer voltar no tempo
mas o que nos leva para o futuro
são os sonhos."

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