Calvino Rocha - O FIM ESTÁ PRÓXIMO


Antes que você tire conclusões precipitadas, leia todo o texto e reflita sobre o mesmo. Não sei se você viu a propaganda mais recente do “Renaut Sandero”, mas a propaganda começa mostrando um sujeito, como se fosse um profeta, empunhando um cartaz e declarando: “Ele me disse: ‘O fim está próximo’, cuidado!”, até que passa um motorista dirigindo um Renaut Sandero e convida o tal “profeta” a trocar os seus brados apocalípticos por uma noitada. Ao som de “Viva La vida loca” de Rick Martin o “profeta” participa de todo o tipo de aventura e muda a sua opinião. Já que o fim está próximo ele decide mudar o conteúdo da sua mensagem e empunha um novo cartaz com as seguintes palavras: “Viva La vida loca”, e o comercial encerra com as seguintes palavras do narrador: “Novo Renaut Sandero, viva o agora”.

Conquanto a propaganda seja bem feita e interessante, ela ensina uma falácia. Ela ensina que não precisamos nos preocupar com o “fim do mundo”, antes, a proximidade do fim do mundo deve nos levar a curtir a vida, a viver loucamente, a desfrutar da vida de maneira inconseqüente e irreverente, arrancando dela tudo o que pudermos. 

Estamos acostumados a imaginar que o fim do mundo está, cada vez, mais próximo quando ouvimos sobre guerras e rumores de guerras. Quando vemos o mundo em ebulição por causa dos conflitos na Península da Criméia, envolvendo a Ucrânia e a Rússia e os conflitos na faixa de Gaza envolvendo Israel e o Hamas. No entanto, precisamos lembrar que o fim está próximo para todos nós, não apenas por causa dos conflitos internacionais, mas porque, como a Palavra de Deus deixa claro, a nossa vida é passageira. Tiago, na sua epístola pergunta: “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” – (Tg. 4.14). Sendo assim, ao invés de acatarmos a proposta de uma sociedade corrompida que diz: “Já que o fim está próximo, viva La vida loca”. Ao invés de passarmos pela vida com cinismo, irreverência e indiferença, precisamos atentar às palavras do profeta Amós (Am. 4.12) e nos preparar para o encontro com o nosso Deus, um encontro do qual ninguém pode escapar.

Pr. Calvino Rocha

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