DISCORDÂNCIAS SEM RESSENTIMENTOS

Discordar é a capacidade de exercer o seu livre arbítrio e a sua livre maneira de pensar, além de expressar a sua particular maneira de ver as coisas. Alguns chamam isto de “ponto de vista”. Discordar é exercer a individualidade sem ferir o direito de outrem. Afinal, quem nunca discordou?

            Quando se espera um filho alguns dilemas surgem sem que estejamos de fato, preparados. Exemplo disto é a escolha do nome do bebê.

Há poucos meses, eu e a Neuma estamos tentando encontrar um meio termo e uma definição para o nome do nosso bebê. Amigos já sugeriram, irmãos já sugeriram, parentes já sugeriram. Daí, entre idas e vindas, Pedro Arthur ou Arthur? (Se bem que o nome Alécio.... bom, deixa pra lá!). Enfim, decidimos apenas Arthur; sem o Pedro inicialmente.

            Em maio de 1884, um casal também discordou sobre qual seria o segundo nome de seu filho recém-nascido. A mãe preferia Salomão; o pai, Shippe – ambos eram nomes de membros da família. Por não chegarem a um acordo, os pais optaram por “S”. Portanto, Harry S. Truman tornou-se o único presidente dos Estados Unidos com uma inicial para seu nome do meio.

            Mais de 120 anos depois, ainda ouvimos sobre este impasse – mas também conhecemos o consenso alcançado.

            No Novo Testamento lemos sobre outra discórdia que perpetuou-se na história. Esta ocorreu entre dois missionários: Paulo e Barnabé (At 15). Barnabé queria levar Marcos com eles numa viagem para visitar algumas igrejas, as quais haviam ajudado anteriormente (v.37). Mas Paulo não confiava em Marcos devido a um incidente anterior (v.38). Paulo e Barnabé discordaram tão intensamente que seguiram caminhos diferentes (v.39).

            Já se passaram dois mil anos e ainda lemos sobre esta ocorrência. A importância não advém de sua perpetuação na história, mas por não te deixado cicatrizes permanentes no relacionamento. Paulo, aparentemente, reconciliou-se com Barnabé e em seus últimos dias, pediu que Marcos ficasse com ele porque lhe era útil ao ministério (2 tm 4.11).

            Desentendimentos acontecem. Discordâncias também. Contudo, certifiquemo-nos de que todos eles sejam resolvidos. O ódio é o veneno que mata apenas aquele que o alimenta no coração. Por sua vez, ressentimentos são fardos pesados demais para se carregar.

           

Espero que você esteja livre deste fardo.

Pr. Alécio Lisbôa

1ª Igreja Batista em Caruaru - PE