“Tenho todas as condições de fazer uma grande administração”, afirma Jorge Gomes
Por Jénerson Alves
Dando sequência à série de entrevistas com os postulantes ao
cargo de chefe do poder executivo em Caruaru, o programa Ivo Sutter conversou
com o candidato Jorge Gomes (PSB). Um dos aspectos que o socialista mais
enfatizou foi a sua experiência como vice do atual gestor, José Queiroz de Lima
(PDT), e garantiu a continuidade dos aspectos positivos da administração do
pedetista. Para Gomes, as mudanças que transformaram positivamente a cidade já
iniciaram com Queiroz e devem avançar. Confira os principais trechos da
entrevista:
IVO SUTTER – Caruaru faz parte do Polo de Confecções do
Agreste, com uma economia voltada para a produção e comercialização de
materiais têxteis. Na sua opinião, a permanência da Feira da Sulanca no centro
pode comprometer a pujança econômica da cidade?
JORGE GOMES – Você, que está me ouvindo em casa, próximo ao
rádio. Se não estiver, se aproxime. [A Feira] é uma atividade econômica e tem
de ser tratada assim. É uma atividade que tem toda uma cadeia desenvolvida,
inclusive a facção, o carregador de banco, enfim... é uma atividade econômica
importante e primordial para Caruaru. É assim que o poder público deve tratá-la.
O papel do poder público é fomentar essa atividade. E o próprio feirante sabe
que é imperiosa a necessidade de mudança da Feira. Foi com esse propósito que
iniciamos esse processo na nossa administração com Zé Queiroz. Conseguimos esse
terreno de custo de R$ 10 milhões, bancado pelo governador Eduardo Campos. Eu,
particularmente, designado por Zé Queiroz, estive várias vezes com o
governador. Conseguimos a liberação dos recursos, o terreno. A primeira parte
foi paga por Eduardo Campos, houve um intervalo na gestão de João Lyra, e os R$
5 milhões restantes foram pagos por Paulo Câmara. Muitos problemas existiram,
com injunções judiciais, Ministério Público, denúncias. Nós convocamos os
interessados, mas houve problemas não apenas do ponto de vista daqueles que não
querem que a mudança aconteça – com interesses vários, inclusive eleitorais.
Quando eu for eleito, continuarei o trabalho iniciado com Zé Queiroz. Vamos
continuar fazendo o que é fundamental: ouvir o feirante, discutir com ele qual
é a melhor saída para a Feira. A saída tem que existir, mas a discussão tem de
ser com os pés no chão e não com promessas irrealizáveis, como dizer que a
transferência ocorrerá sem custo algum para ao feirante. Repito que a Feira é
uma atividade econômica e tem que ser tratada assim, sendo fomentada pelo poder
público.
IVO SUTTER – A cidade possui diversos loteamentos
irregulares, deixando a população carente de serviços básicos. O senhor
acredita que a cidade precisa de uma reforma urbana que discipline as condições
de moradia, sobretudo para a população mais carente?
JORGE GOMES –Esse é um ponto importante, que tem sido
cuidado na nossa administração. O ouvinte que me escuta agora sabe que Caruaru
– como a maioria das cidades do Brasil – foi crescendo e a população foi
ocupando seus espaços de forma desordenada. Esse desordenamento aconteceu na
medida que os loteamentos foram vendidos – o governo anterior, por exemplo, não
tinha nenhuma preocupação em fazer exigências para que essas vendas ocorressem
do ponto de vista da legalidade, para que esses loteamentos fossem entregues
com condições mínimas. O que cabe à Prefeitura, e nós já fazemos, mas
ampliaremos em nosso governo, é fazer com que a lei seja cumprida e haja um
ordenamento. Já é uma exigência da URB que os empresários entregues os lotes
com as condições mínimas de iluminação, de saneamento, de calçamento e a
infraestrutura para que nas áreas reservadas ao poder público sejam construídos
os devidos equipamentos. É preciso haver uma ocupação razoável do solo de Caruaru.
Isso está previsto no Plano Diretor, que estamos revisando agora, para que a
cidade se desenvolva melhor.
IVO SUTTER – A Segurança Pública é de atribuição do Governo
do Estado. Porém, Caruaru possui a Guarda Municipal, que conta com um efetivo
de 39 profissionais. Segundo o IBGE, o município possui 347.088 habitantes. A
proporção é de 8.899 habitantes para um guarda municipal. Esse efetivo é
suficiente? O que o senhor pretende fazer para minimizar a insegurança do
cidadão?
JORGE GOMES – É verdade. A Constituição mostra que a
Segurança tem seu nível estadual, e tem o nível federal, no que diz respeito às
fronteiras, ao combate ao narcotráfico etc. No município, evidente, a
preocupação – que já faz parte do ‘Caruaru sem Medo’, em nosso plano de governo
– é, exatamente, a interação com a Polícia Militar. Com essa interação, avanços
podem acontecer. O Governo do Estado tem dificuldades em melhorar frota e
incorporar militares. Em nossa administração, temos o plano de ajudar o Governo
do Estado, no sentido de manutenção e combustível, por exemplo, para melhorar a
segurança do cidadão.
Em relação à Destra, que foi criada na nossa administração,
do governo Zé Queiroz, que, inclusive, prometeram no governo anterior e não
fizeram, o número está reduzido. Porém, já está programado que seja feito um
concurso público para que o número de servidores volte ao normal, que são 200
quadros principais e 150 agentes de trânsito. Com isso, melhoraremos e muito a
relação da Guarda Municipal com o patrimônio público e com a interação com a
Polícia Militar. Não apenas aumentando a Guarda, mas também aumentando para 80
as câmeras de monitoramento na cidade, melhorando a iluminação pública –
recebemos um acervo terrível na Celpe – e, o mais importante, implementar
políticas públicas que visem à redução da violência, com programas de educação,
saúde e proteção ao jovem.
IVO SUTTER – os últimos anos, Caruaru desenvolveu-se no ponto de vista
educacional, sobretudo por causa das instituições de ensino superior. No
entanto, fortalecer a Educação Básica continua sendo um desafio, desde o deficit
na quantidade de creches às dificuldades estruturais no Ensino Fundamental. Há
algum projeto que valorize a formação das crianças caruaruenses?
JORGE GOMES – Há, sim. Você falou bem. Temos em torno de 25
mil estudantes universitários em Caruaru. Temos uma importante rede pública e
privada. A Prefeitura tem a responsabilidade de atender a Educação Básica desde
o pré-escolar. Há uma transferência de responsabilidade do Governo Federal, mas
sem uma contrapartida do ponto de vista dos recursos. Isso atrapalha e
atrapalha muito, mas temos feito um esforço muito grande. Basta dizer que em
Caruaru estamos com três escolas em tempo integral, duas construídas – a
Professor Rubem Lima Barros e a Altair Nunes Porto Filho, no Cedro – e a
Paulina Monteiro. São escolas em tempo integral que permitem que o aluno passe
o dia todo na escola, com atividades pedagógicas e atividades de lazer, cultura
e esportes no segundo turno. Nosso objetivo é elevar o número de escolas em
tempo integral, bem como qualificar as condições dos professores, criar um
programa de creches ainda mais valorizado. Ao longo da história de Caruaru, nas
administrações de Zé Queiroz foram construídas mais creches. Até o fim do ano,
vamos entregar mais seis creches. Nosso programa é com os pés no chão. Temos
também o projeto de creches para o Terceiro Turno, ajudando as mães que
trabalham ou estudam à noite.
IVO SUTTER – Não se pode falar de Educação sem mencionar as
condições de trabalho dos professores. O seu governo procurará estabelecer um
diálogo aberto com a categoria, favorecendo quesitos como salário, carreira,
condições e efetivação profissional?
JORGE GOMES – Esse é um problema que nós enfrentamos.
Queremos continuar trabalhando no sentido que haja melhoria nas condições de
trabalho dos professores. Isso é um ponto fundamental. A melhoria nos salários
aconteceu ao longo da nossa administração. Os professores efetivos recebem um
salário digno, porém ainda precisamos melhorar muito no cuidado com os
professores contratados. É preciso resolver a diferença que acontece. Isso se
resolve à medida que se realiza mais concursos públicos. Sou funcionário
público aposentado, do Governo Federal e do Governo Estadual, e entrei no
serviço público pela porta mais importante, que é o concurso público, pela qual
entram os mais qualificados, que produzem muito mais para atender às demandas
da população. Posso dizer com muita tranquilidade que faremos concursos
públicos. Já fizemos, mas vamos fazer mais, de acordo com as necessidades.
Hoje, praticamente meio a meio dos professores estão divididos entre
contratados e efetivos, mas nós queremos fazer concursos para que acabe essa
história de contratados. Mesmo assim, digo que não tratamos os contratados como
eles eram tratados no governo anterior, quando eles eram contratados por nove
meses e depois eram demitidos sem direito a férias e décimo terceiro. Hoje
paga-se isso, mas há uma defasagem muito grande, principalmente com relação à
questão salarial. Também queremos melhorar e encontrar uma fórmula para que os
professores que precisam fazer mestrado e doutorado. Vamos encontrar uma
solução para que eles conciliem a atividade pedagógica e a busca por melhoria
na sua qualificação profissional. Vamos tocar nesse ponto.
IVO SUTTER – Salta aos olhos a crescente quantidade de
veículos que circulam pelas ruas da cidade, o que muitas vezes dificulta o bom
andamento do trânsito. Vias estreitas, calçadas irregulares, ausência de
acessibilidade provocam estorvos para pedestres e condutores. De que forma o
trânsito pode ser melhor ajustado no município?
JORGE GOMES – Você sabe, ouvinte, que Caruaru – como a
grande maioria das cidades brasileiras – cresceu de forma desordenada. Por
isso, hoje temos ruas estreitas, calçadas desordenadas, enfim, a necessidade de
melhorar esse ordenamento. Já temos feito isso em nossa administração. Por
isso, posso dizer tranquilamente que a experiência que adquiri ao longo desses
mandatos me permite dizer que tenho todas as condições de fazer uma grande
administração, sendo eleito prefeito de Caruaru. Quando criamos a Destra, já
trabalhamos neste sentido. Quando melhoramos as vias de acesso da periferia ao
centro, fazendo calçamento e asfaltamento dos principais corredores, melhoramos
o fluxo e o trânsito. O grande problema são as vias mais próximas do centro.
Construímos vários binários na cidade, a exemplo da Av. Leão Dourado, a exemplo
do Centenário e tantos outros, que melhoraram muito o trânsito. Outra coisa
importante foi a criação da Zona Azul. Isso tudo foi feito. O que queremos
fazer em nossa administração é aumentar o número de efetivos de agentes de
trânsito, que possam auxiliar o ordenamento do trânsito. Também vamos melhorar
o fluxo do trânsito construindo novos binários, que sejam possíveis, e fazer um
trabalho de Educação no Trânsito, que é fundamental. Já fizemos o Terminal Leste,
mas vamos fazer o Terminal Oeste. Uma parte da cidade já foi resolvida quanto
aos veículos que vêm de fora – que são importantes, mas atrapalhavam o trânsito
– e vamos fazer que haja essa regularização no lado oeste. Vamos continuar a
política que já estamos desenvolvendo para melhorar a fluidez no trânsito de
nossa cidade, pois nossa população merece. Se Deus quiser, haveremos de fazer.
IVO SUTTER – Conhecida mundialmente devido à sua diversidade
cultural, boa parte dos artistas da cidade reclamam da falta de estrutura para
desenvolverem seus trabalhos. Em Caruaru, há eventos demais e base cultural ‘de
menos’? É necessário tornar a cultura um setor economicamente ativo?
JORGE GOMES – É. A cultura é fundamental para a cidade, sob
seus diversos aspectos, e também tem de ser encarada no seu aspecto econômico.
Muitas coisas já fizemos em Caruaru, como o Museu da Feira, que passou sete
anos e meio fechado sob a afirmativa de que ele corria o risco de cair. Quando
assumimos a administração, trouxemos um técnico de Recife e nos deu a solução
para reabri-lo em poucos meses. Trouxemos solução para a Casa da Cultura, o
Projeto Revitalino, que está acontecendo no Alto do Moura. Isso tudo tem sido
feito em Caruaru. O São João tem ocorrido como o Maior e Melhor do Mundo. Há
alguns problemas, mas a população precisa entender que esses grandes eventos
contam com patrocínios, mesmo assim acho que a gente precisa resolver. Acho que
é preciso valorizar mais o artista da terra. Para isso, a gente precisa criar
um calendário anual, assim como já recuperamos a Semana Santa e o Fim de Ano.
Isso tudo deve ser feito, mas há um ponto fundamental: o Sistema Municipal de
Cultura. Eu participei do nascedouro do Sistema Único de Saúde e sei da
importância desse formato. No Sistema Municipal de Cultura, teremos o
desaguadouro de todas essas questões, com o Conselho Municipal de Cultura, com
a participação da população. Com a definição do uso dos recursos pelo Sistema.
Isso já existe, foi encaminhado pelo prefeito Zé Queiroz. Vamos buscar nele o
caminho para melhorar nossa cultura, que uma das coisas mais importantes da
nossa cidade.
IVO SUTTER – Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo
SUS é o acesso do paciente aos equipamentos de saúde. De que maneira o poder
municipal pode se inserir neste contexto, favorecendo os pacientes no que
concerne aos cuidados médicos?
JORGE GOMES – Veja bem. No fim da pergunta, há a questão dos ‘cuidados
médicos’, mas todos sabemos – principalmente os que estão envolvidos com a
Saúde – que 85% das questões de saúde são resolvidas na porta de entrada: é
prevenir, evitar que as pessoas adoeçam. Isso, posso dizer com muita
tranquilidade, Caruaru faz e muito bem feito. Pegamos Caruaru com 43 Unidades
de Saúde da Família. Os concorrentes dizem, por aí, que não faltavam médicos.
Eles usavam o artifício de usar 23 equipes com médicos enquanto 43 funcionavam.
Para burlar as exigências do Ministério da Saúde, que diziam que em 06 meses
sem médico no comando as equipes seriam desligadas, faziam rodízio, para manter
as 43 equipes. Hoje, funcionamos com 66 equipes da Saúde da Família completas,
atendendo na cidade e na zona rural. Temos 18 Unidades Básicas de Saúde da
Família. Nosso programa é fazer com que isso avance. Queremos atingir o que o
Ministério da Saúde diz para o SUS: chegar a 100% próximos da população-alvo.
Vamos fazer mais 15 estruturas de Saúde da Família na cidade e na zona rural.
Vamos fazer com que as UPAs passem a funcionar e atinjamos a questão da Atenção
maior. Temos programas importantes, como o Núcleo de Apoio da Saúde da Família,
quando o médico atende e outros profissionais vão à comunidade realizar
trabalho preventivo. Na questão médica propriamente dita, temos a manutenção
das UPAs e a construção do Hospital da Criança e da Maternidade municipal.
Essas promessas não são vãs, já temos emendas do deputado federal Wolney
Queiroz que asseguram a construção dessas unidades, que vão ser importantes
nesse complexo equipamento que permite que a Saúde de Caruaru avance cada vez
mais.
IVO SUTTER – Caruaru tem áreas ambientais a serem
preservadas, desde Serra dos Cavalos ao Rio Ipojuca. Como conciliar o
desenvolvimento do município com o cuidado ambiental?
JORGE GOMES – O cuidado ambiental tem sido feito. O Parque
Vasconcelos Sobrinho – figura que conheci, inclusive, quando eu era deputado –
tem um sistema de manejo feito com a Prefeitura e órgãos do Estado para a sua
preservação. Havia uma depredação com os produtores e, de forma negociada,
conseguimos que eles fossem transferidos para preservar cada vez mais aquele
ambiente tão importante, são restos da Mata Atlântica. Nós temos intervenções
importantes. Pela primeira vez, na história de Caruaru, foram construídos cinco
parques. O Severino Montenegro foi o primeiro. Depois, o Baraúnas, no Luiz
Gonzaga, o São Franscisco, o da Nova Caruaru e o das Rendeiras. Eles são muito
importantes não apenas para a preservação da natureza, mas na relação da
natureza com o humano, com as pessoas que estão lá. As famílias se
confraternizando, as pessoas se divertindo, fazendo caminhadas, isso tudo é
mais saúde, de forma preventiva. Isso temos feito em Caruaru e vamos continuar
perseguindo. Há promessa do Governo do Estado, que vamos cobrar, de mais um
parque para Caruaru, talvez o maior. E esta será uma das nossas prioridades. Caruaru
é uma cidade pouco arborizada, mas através do setor do paisagismo, estamos
fazendo com que mudas sejam colocadas nas principais avenidas, como a Agamenon
Magalhães, Avenida Caruaru e Castelo Branco, para arborizar a cidade e
preservar a natureza.
PERGUNTAS DO PROFESSOR
URBANO SILVA –Quero lhe fazer uma pergunta sobre a Saúde.
Temos o Hospital da Mulher, parcialmente pronto há três anos e ainda não
entregue; o Hospital São Sebastião, que há dez anos é reformado constantemente
e ainda não foi entregue; e algumas unidades de saúde do município que estão
prontas há cerca de dois anos e, segundo o prefeito, não puderam ser entregues
por custos operacionais. Como o senhor pretende, eventualmente prefeito, lidar
com esses três casos: Hospital da Mulher, São Sebastião e essas unidades de
saúde?
JORGE GOMES –O Hospital da Mulher, como você disse, Urbano,
está praticamente pronto e será administrado pelo Governo do Estado. Isso vai
fazer com que ele atenda muitas demandas que hoje chegam ao Município. Esse
Hospital da Mulher é do Governo do Estado e nós estamos insistindo para que ele
seja inaugurado o mais rápido possível. Cai na questão da falta de recursos que
o Estado e o Brasil está passando atualmente. Sobre o São Sebastião, eu era
deputado federal quando fizemos o abraço ao Hospital São Sebastião. Um dos
atuais candidatos a prefeito prometeu municipalizar o São Sebastião, na sua
campanha em 2000, mas pelo contrário o Hospital foi fechado em 2004. Ele
aproveitou que os servidores do Estado precisavam de um local, juntou-se com o
Governo do Estado, prometeu a municipalização, alugou a Casa de Saúde Bom Jesus
– que funciona e tem uma importância – e transferiu os servidores do Estado e
do Município para lá. Nunca houve essa municipalização prometida. Eu fui um dos
que defendi, por vários motivos – até mesmo históricos, pelo começo do São
Sebastião em 1938 e a construção pelo povo de Caruaru – que aquele hospital
fosse restaurado em benefício do povo de Caruaru. Defendi isso diante de
Eduardo Campos e ele cedeu. O Hospital está quase pronto, faltam detalhes.
Acredito que o Hospital será entregue e a Prefeitura irá cuidar. Inclusive, por
inadequação de outras unidades – como o Hospital Manoel Afonso e o dito
Hospital do Coração – fazer com que esses serviços sejam absorvidos pelo São
Sebastião –, além de Clínica Médica. Estão dizendo por aí que vão colocá-lo
para cirurgia eletiva. Devo dizer, para os que não têm informação, que as
cirurgias eletivas estão sendo feitas no Hospital Mestre Vitalino, que só este
ano já fez mais de 500. Não há condições de o São Sebastião fazer cirurgias
eletivas, só se destruísse o bloco cirúrgico. Quanto às UPAs, vamos
inaugurá-las, quem sabe, ainda este mês.
URBANO SILVA – Caruaru tem um traçado urbanístico do século
XIX, o que traz muitos desafios. Segundo dados do Detran, Caruaru tem 153 mil
veículos só de caruaruenses. Isso significa que, de cada dois caruaruenses, um
tem transporte e quer colocá-lo na rua. Paralelamente a isso, temos dois
desafios: um são os mototaxistas e o outro é o aeroporto. Como o senhor
pretende lidar com esses temas, eventualmente eleito?
JORGE GOMES – Os mototaxistas sabem o empenho e a dedicação
de nossa administração com relação a essa categoria. Vamos lembrar que Zé
Queiroz, lá atrás, criou o serviço de mototaxi em Caruaru e agora foi criado o
fardamento, a regularização, atendendo a essas demandas, em relação aos pontos
e a placa, entre outros avanços. Já recebi uma delegação de mototaxistas, do
sindicato, e eles têm dois problemas, que é a isenção que eles querem – que é
com o Governo do Estado, mas estamos fazendo esse contato – e outra questão é
com os clandestinos – e a Destra tem cuidado. Tem sido feito um esforço muito
grande para a preservação dessa atividade, com um melhor serviço, fardamento
condigno e segurança. O Aeroporto depende de recursos do Ministério da
Aeronáutica e do Governo do Estado. Estamos nos esforçando para que isso seja
resolvido. Houve alguns indicativos, inclusive com a presença da Azul, mas, com
a crise econômica, houve um certo recuo. É necessário melhorar a área de
taxiamento e o terminal do aeroporto. Como nossa relação com o Estado é muito
boa, vamos nos empenhar cada vez mais, pois este aeroporto é muito importante
para o desenvolvimento de Caruaru.
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