Um novo olhar sobre o autismo

A Graça Filmes lançou o filme Um Elo de Amor no Brasil. Baseado no livro Jimmy, best-seller de Robert Whitlow, a trama faz um alerta à população sobre o preconceito e a superação envolvendo o autismo.
No início de fevereiro deste ano, a falta de informação a respeito desse transtorno de desenvolvimento comoveu a população de uma pequena cidade nos Estados Unidos. Uma mãe, Ashlee Buratti, fez um desabafo, nas redes sociais, devido à ausência dos colegas de classe convidados para a festa de aniversário de Glenn Buratti, seu filho autista de seis anos. O xerife da região onde o menino morava viu o post e, sensibilizado, mobilizou os moradores daquela localidade a prestigiar o evento e tornar especial esse momento não só para o pequeno Glenn como para os familiares do garoto.
A ficção Um elo de amor traz uma reflexão sobre a falta de conhecimento em torno desse tema, tendo como base a história de Jimmy (Ian Colletti). O filme apresenta as dificuldades de socialização enfrentadas pelos portadores desse transtorno. Entretanto, a pior delas é a ignorância da população, que consegue afastá-los ainda mais de uma vida normal.
Caixa de texto: “Autismo cresce e atinge uma a cada 68 crianças”.Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse problema é mais comum do que se pensa, e pode haver mais de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo quase dois milhões apenas no Brasil. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, para cada grupo de 68 crianças pesquisadas, uma é autista, e a maioria pertence ao sexo masculino. Essa estatística mostra que, de 2006 a 2010, houve um aumento alarmante (de 60%) do número de portadores do transtorno do espectro autista.
Ygor Siqueira, diretor da Graça Filmes, ressalta que “as famílias brasileiras precisam conhecer mais do universo autista e perceber que essas crianças necessitam, na verdade, de muito amor para superar as barreiras não só da síndrome, mas do preconceito”. Ele completa dizendo que o apoio e o esclarecimento podem ajudar a melhorar a qualidade de vida dos portadores desse transtorno.
Alguns especialistas apontam que as famílias têm dificuldade para diagnosticar esse transtorno durante a infância. À medida que as crianças avançam em seu crescimento, os sinais tornam-se mais evidentes, indo da hiperatividade à agressividade nos casos mais graves. Há exemplos de pais que chegam a considerar o filho um gênio, por conseguir calcular rapidamente e ler precocemente.
A relação de afeto e zelo entre o personagem Jimmy e sua madrasta (Kelly Carlson), nos ensina que, independentemente da relação parental/biológica, todos podem colaborar por meio do amor e respeito ao próximo.
Ygor comenta que “esse lançamento tem o objetivo de mostrar que é possível superar os limites que o autismo impõe a essas pessoas”. E, como já mencionado, “ao vermos o mundo pelos olhos de Jimmy, nunca mais seremos os mesmos”.

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