O DIA EM QUE LISA SIMPSON ABANDONOU O EVANGELHO


Foto: O DIA EM QUE LISA SIMPSON ABANDONOU O EVANGELHO
Por Euriano Sales

No seriado os Simpsons, toda a famosa família é protestante e frequenta a Primeira Igreja de Springfield, pastoreada pelo reverendo Lovejoy, exceto a filha mais velha Lisa Simpson, que é budista.

Lisa é a filha que todo pai gostaria de ter, ela é carismática, educada e inteligente, além de muito boa em matemática, física, astronomia, medicina, história, geografia, ciências e biologia. Toca sax profissionalmente, é super preocupada com questões ambientais e ainda é vegetariana. Algo de errado com ela?

Não! Lisa é a pessoa da família Simpson que mais reflete Jesus em suas atitudes, porém ela não crê em Jesus, não vê em Cristo o Deus encarnado que morreu por amor a humanidade e que ensinou aos seus seguidores a amar como Ele amou.

Em João 13.34 Jesus diz ao seus discípulos: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros“.

Nem a Lisa, nem eu, nem você vimos o Cristo pessoalmente, mas a forma que temos para crer nEle é o encontrando nas atitudes dos seus seguidores. Quando eu me torno seguidor de Cristo, devo através das minhas ações tornar Cristo real para os outros.

Lisa nasceu em um lar cristão, até que um dia, mais precisamente no episódio “Uma questão de fé”, ela se decepciona com atitudes dos seguidores de Jesus e resolve conhecer o templo budista da cidade.

Ter nascido em um lar cristão e ter frequentando a igreja desde pequena não foi suficiente para ela conhecer o Cristo verdadeiro, pois à sua volta não havia ninguém que imitasse Jesus em suas atitudes. [...]

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Fonte: MVC
[via Meninas de Fé]

Texto de Euriano Sales

No seriado os Simpsons, toda a famosa família é protestante e frequenta a Primeira Igreja de Springfield, pastoreada pelo reverendo Lovejoy, exceto a filha mais velha Lisa Simpson, que é budista.


Lisa é a filha que todo pai gostaria de ter, ela é carismática, educada e inteligente, além de muito boa em matemática, física, astronomia, medicina, história, geografia, ciências e biologia. Toca sax profissionalmente, é super preocupada com questões ambientais e ainda é vegetariana. Algo de errado com ela?

Não! Lisa é a pessoa da família Simpson que mais reflete Jesus em suas atitudes, porém ela não crê em Jesus, não vê em Cristo o Deus encarnado que morreu por amor a humanidade e que ensinou aos seus seguidores a amar como Ele amou.

Em João 13.34 Jesus diz ao seus discípulos: “Um novo mandamento lhes dou: Amem-se uns aos outros. Como eu os amei, vocês devem amar-se uns aos outros. Com isso todos saberão que vocês são meus discípulos, se vocês se amarem uns aos outros“.

Nem a Lisa, nem eu, nem você vimos o Cristo pessoalmente, mas a forma que temos para crer nEle é o encontrando nas atitudes dos seus seguidores. Quando eu me torno seguidor de Cristo, devo através das minhas ações tornar Cristo real para os outros.

Lisa nasceu em um lar cristão, até que um dia, mais precisamente no episódio “Uma questão de fé”, ela se decepciona com atitudes dos seguidores de Jesus e resolve conhecer o templo budista da cidade.

Ter nascido em um lar cristão e ter frequentando a igreja desde pequena não foi suficiente para ela conhecer o Cristo verdadeiro, pois à sua volta não havia ninguém que imitasse Jesus em suas atitudes. [...]


SIMPSON E A RELIGIÃO


Há pouco mais de quatro anos, quando comecei meu curso de graduação em teologia na Faculdade de Teologia de Granada na Espanha, a professora de Pentateuco nos sugeriu um trabalho sobre o livro de Gênesis, primeiro livro da Bíblia, e como referência para reflexão estava um episódio do seriado americano The Simpsons. Desde esse dia, confesso, é impossível olhar o seriado com os mesmos olhos. 
Atualmente acabo de cursar a matéria de livros Históricos do Antigo Testamento com a mesma professora, e mais uma vez surgiu um episódio do seriado para trabalhar envolvendo a figura de Sansão e Dalila, sua releitura na série e em outras manifestações culturais. A mesma professora publicou um livro, recentemente, denominado Los apócrifos pos modernos (Os Apócrifos pós-modernos), onde aborda a questão do religioso em várias manifestações culturais como livros, revistas, músicas, arte e etc. O religioso segue chamando atenção em diversos campos de reflexão. Quem não viu, por exemplo, o boom do livro-novela Código Da Vinci de Dan Brown há alguns anos?
O tema religioso presente na mídia segue motivando a pensar nossa fé. A questão dos Simpsons e a religião não é nova, foi referência incluso no jornal católico, L’Osservatore Romano, depois de que o padre jesuíta Francesco Ochetta, autor de um estudo Os Simpsons e a Religião, disse que o seriado ademais pode ajudar na espiritualidade.  A professora Junkal Guevara, que é a professora a quem faço referência, escreveu um artigo na revista científica de teologia Proyección, sobre Os Simpsons e a Bíblia e segue dando entrevistas em diversos meios sobre o tema. Assim vemos que Os Simpsons podem motivar a estudar não só a questão da religião. O desenho animado também faz sua releitura da bíblia. 
Os Simpsons é mais que um simples e bobo desenho animado, é uma série que tem motivado a muitos estudiosos dos mais diversos campos do conhecimento. Ninguém nega o enfoque crítico que tem o desenho desses personagens amarelinhos encantadores. Desenho que tem despertado amor e ódio nos mais diversos meios. Alguns estudiosos afirmam que é o programa de televisão mais inteligente de todos os tempos, por tratar de todos os temas cotidianos, ou quase todos. 
Uma pesquisa da BBC em junho de 2003 perguntou aos internautas qual o maior americano de todos os tempos, e não é de se estranhar que Homer Simpsons foi o topo da lista com mais ou menos 43% de aceitação.
Homer não é um homem religioso, porém apesar de não ter uma fé sólida, vai a Igreja.  Em vários episódios passa momentos engraçados nela, como escutar futebol americano enquanto aquele “cara da Igreja” fala. A mesma luta de Homer Simpson por mais um donut, aquela rosquinha que ele ama, remete ao fiel Jó da Bíblia.  Coisas que motivaram a Mark Pinsky escrever o livro O Evangelho segundo os Simpsons, onde diz que o objetivo do programa não é eliminar a religião, mas tocar alguns de seus aspectos.

O desenho animado toca vários pontos das grandes religiões, como o protestantismo, catolicismo, budismo e hinduísmo em seus diversos personagens como Marge, Lisa, o Sr. Flanders, o prefeito de Springfield, o Rabino Krustofsky e outros. Também Deus ganha sua versão na série, o único que tem cinco dedos, ao contrário dos outros personagens que têm apenas quatro. O rosto de Deus também não aparece, o que pode remitir a um tom de mistério. 
Temos que terminar dizendo que não é a série uma referência ao campo da teologia como tal, já que o método teológico é bastante mais científico e complexo, mais sério, por assim dizer. Porém pode contribuir para uma analise da religião no marco da pós-modernidade.
O desenho animado pode ser também contemplado desde várias janelas, como a filosofia, sociologia, política e etc. 
Não se trata de converter a família Simpson em nenhuma religião. O que aparece de fundo é o que nos interessa. Não se pode ir usando “por aí” episódios dos Simpsons para ensinar catecismo e religião sem ter uso de outros instrumentos fundamentais como a Bíblia, por exemplo. Os Simpsons pode ser usado como ferramenta, não como um fim em si mesmo, já que mistura muitos personagens da bíblia e chega confundi-los, o que pode passar desapercebido por alguém que não seja perito no assunto. 
Para mover-se com os episódios desde a teologia pastoral ou prática é importante uma formação porque há, ademais de várias tradições religiosas, uma crítica de fundo as Institucionalizações das mesmas, o que exige certa capacitação para entender ou captar o que está retratando: a crítica pós-moderna da religião em seus pontos positivos e negativos.

Frei Danilo José Janegitz
Graduando do curso de teologia na Faculdade de Teologia de Granada.
i7noticias.com

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