ESPECIAL III Encontrão Presentia - Parte II Rock and Roll

Bill Haley e Banda
Origem do rock and roll - Surgido de uma adaptação dos "rhythm and blues", o "rock and roll" obteve uma forte aceitação por parte da juventude, muito crítica face à sociedade adulta norte-americana do pós-guerra. O rock nasceu de uma atitude "anti" por parte da juventude relativamente aos valores dos seus antepassados, constitui um dos mais importantes movimentos sócio-culturais do século XX. Com o rock, a música deixa de ser "propriedade" das classes dominantes e passa a ser do povo. Apesar de ser a música por excelência da juventude, não é exclusiva dela (muitos dos seus intérpretes ultrapassam os 40 anos). Constitui um dos pilares da contestação juvenil, mas simultaneamente se converteu em um dos instrumentos para a integração dos jovens quando o sistema social assimila ou "comercializa" os seus protestos. Embora a expressão "rock and roll" tenha aparecido em 1951, só em 1955, com o tema "Rock Around The Clock", de Bill Haley, o novo estilo musical conquistou a emancipação. Esta expressão designa um conjunto heterogêneo de estilos musicais surgidos a partir dos anos 40 nos meios juvenis dos Estados Unidos e da Inglaterra e que se situam entre o setor mais comercial da música pop e a chamada música culta. Este gênero musical está ligado com uma tomada de consciência por parte dos intérpretes e público, que utilizam a música como instrumento de reivindicação (por exemplo, em concertos a favor de grupos ou países em dificuldades). Depois do sucesso de Bill Haley, as pessoas apontaram Elvis Presley como o maior representante e "Rei do Rock and roll". Este novo estilo musical penetrou facilmente no Reino Unido, onde existia uma situação social próxima da dos EUA. Em finais dos anos 50, os intérpretes americanos tiveram grande sucesso. Nessa altura, o conjunto britânico mais interessante foi The Shadows.
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...Adolescentes gritavam e seguravam uma faixa
que dizia "Elvis é o nosso Rei".
“Existe apenas um Rei!” Esbraveja Elvis após parar
a música no meio. Para perplexidade de quem assiste,
prossegue: “E esse Rei é Jesus Cristo!”
Veio depois no início da década de 60 The Beatles, The Rolling Stones, The Kinks, The Who, entre outros. Na Califórnia apareceu o pop rock no seio de uma sociedade marcada pelo pacifismo, a contestação à guerra do Vietname (movimentos hippies, yippies, etc.). Na segunda metade dos anos 60 essas tendências foram se perdendo graças à polivalência dos grandes intérpretes como Janis Joplin, Jimi Hendrix, Frank Zappa, Rod Stewart, Simon and Garfunkel, The Doors, etc. Esta foi uma época de grandes concertos para multidões (Woodstock, Wight). A fase de maturidade do rock chegou nos anos 70, onde antigos grupos se consolidaram e surgiram solistas de grupos de terminaram como Lou Reed e Neil Young. Nessa altura, o rock sinfônico prosperou e deu ao rockuma elaboração e grandiosidade próprias da música clássica. Foi a época dos Pink Floyd, Genesis, Emerson Lake and Palmer, Yes, etc. Surgiu também o hard rock, cujas composições se apoiavam num som forte, contundente e desenfreado: Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath.
Ainda nos anos 70, a forte comercialização do rock e o cansaço das novas gerações perante os velhos intérpretes provocaram a primeira ruptura: em 1977 surgiu o punk, caracterizado pelo pessimismo e o fatalismo das letras, uma música agressiva e uma forte violência latente. O movimento punk foi efêmero, mas marcou profundamente a música posterior.

A FACE CRISTÃ DE ELVIS
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Em 1944 Elvis recebeu o batismo do Espírito, uma doutrina seguida pela Igreja Petencostal
(Primeira Assembléia de Deus) da qual a família Presley fazia
Elvis Aaron Presley nasceu em 8 de janeiro de 1935, na cidade de Tupelo, interior do Mississipi, nos Estados Unidos. Seus pais, Vernon Elvis Presley e Gladys Love Smith viviam em uma cabana de 45 Metros quadrados feita de madeira e alugada. Como todos os pobres da época, apegavam-se à sua fé para melhorar a vida.
Resultado de imagem para Elvis Presley cantando na igrejaAssim Elvis foi criado. Dependente da mãe, o menino seguia seu amor de mãos dadas aonde fosse, em geral à escola e à igreja. Gladys e seu filho cantaram no coral religioso até 1948, quando a família migrou para Memphis, a “cidade grande”. Se em Tupelo Elvis recebia a educação musical da Igreja e de seus tios, que adoravam música negra e o ensinaram a tocar violão, em Memphis o pré-adolescente se tornou fã dos grandes cantores gospels da época. Os quartetos Statesmen e Blackwood Brothers eram seus prediletos. Cristão fervoroso que era, Elvis nunca se abalou com a discriminação de seus colegas de escola, que o julgavam pelo cabelo comprido e pelas roupas extravagantes. Naquela época, Memphis era um caldeirão musical. A música espiritual negra, o blues, o rockabilly e o gospel sulino transbordavam cada rádio. Essa influência criou um Elvis apaixonado por ritmo, movimento e canto. O estúdio Sun Recordes permitia que, por 4 dólares (cerca de 8 reais hoje), um disco fosse gravado. Elvis, acompanhado por seu violão, gravou, em 1953, duas músicas como presente de aniversário para sua mãe. Encantado, o produtor Sam Phillips transformou o adolescente tímido em astro regional. Em 1955, o empresário Tom Parker “comprou” o cantor e nunca mais saiu do seu lado. 
Conhecemos muito bem o “Rei do Rock”, mas poucas vezes ouvimos falar sobre um dos mais bem-sucedidos cantores de música gospel da história. Ao longo de toda a sua carreira, Elvis Presley gravou 11 discos do gênero, além de quatro long plays (LPs) e dois extended plays (EPs), somando mais de 80 músicas dedicadas a Cristo. Sonny West, autor da biografia “Elvis: What Happened?” (Elvis: O que Aconteceu?, em tradução livre), afirma que o passatempo predileto de Elvis era cantar músicas cristãs. “Todas as noites ele se sentava ao piano e cantava”, diz ele. “Só saíamos dali depois que o dia amanhecia. Elvis realmente amava a música gospel.” Após a morte da mãe, em 1958, Elvis se tornou dependente de remédios. Sua dieta e hábitos irregulares, acompanhados por crises existenciais, fizeram dele alvo fácil para o vício. Seus abusos causaram diversas doenças, fazendo com que sua necessidade de remédios aumentasse. O excesso das drogas, como é de se esperar, agravou sua saúde. Perto de sua morte, Elvis tomava três coquetéis de remédios perigosos por dia. “Nos últimos 20 meses de vida, eu receitei mais de 12 mil pílulas de drogas potentes”, garantiu George Nichopoulos, um dos médicos do cantor. 
Imagem relacionadaQuão grande tu és - A herança de Elvis se estende até hoje. Não fosse por ele, o rock como é conhecido não existiria. Elvis já vendeu mais de 1 bilhão de álbuns, recebendo 150 discos de ouro, platina e multiplatina. Desse total, mais de 40% foi vendido fora de seu país de origem, algo nunca conseguido por outro artista. Curiosamente, os únicos três shows de Elvis fora dos Estados Unidos foram realizados no país vizinho Canadá, em 2 dias. Em relação ao Grammy, maior prêmio da música, Elvis conquistou apenas três: Melhor Performance de Música Sacra, com How Great Thou Art (1967); Melhor Performance Inspirativa, com He Touched Me (1972); e Melhor Performance Inspirativa, com o álbum How Great Thou Art – Live (1974). Todos os prêmios a músicas cristãs.
ROCK CRISTÃO pelo mundo - Rock Cristão surgiu nos meados dos anos 60, acompanhando as tendências musicais dos anos 60 e o movimento Hippie. Muitos dos primeiros grupos eram integrantes do Jesus Movement, movimento que surgiu no rastro da contra-cultura hippie e que buscava oferecer uma perspectiva de vida cristã aos jovens desestimulados com as propostas de paz e amor baseados em drogas e sexo livre. As primeiras bandas foram mal recebidas pelas igrejas protestantes, pois o Rock era tido como "música do diabo" e associado com um comportamento socialmente repreensível. Com o tempo a música foi ganhando credibilidade por, entre outros motivos, ser meio de aproximação dos jovens ao cristianismo. A partir dos anos de 1980 as bandas do Rock cristão foram gradualmente se contextualizando e angariando uma aceitação do público protestante cada vez maior. Começaram a atrair o interesse da mídia e de gravadoras seculares, conseguindo grandes contratos, maior exposição e sucesso internacional. Muitas bandas novas surgiram e continuam surgindo, consolidando o gênero e dissociando-o cada vez mais do seu ambiente eclesiástico original.
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Banda Petra ainda nos anos 80
Figuras como Larry Norman, Randy Stonehill, Mylon Lefevre, Bruce Cockburn, Phil Keaggy e os integrantes das bandas E Band, Petra (foto) e Resurrection Band teriam grande projeção através de trabalhos musicais pautados em diversas vertentes do rock.
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Stryper é uma banda de heavy metal da Califórnia. Foi fundada no início da década de 80 é considerado
por milhões como um dos melhores do Metal 
Cristão (White Metal). 
A partir dos anos 1980 as bandas do Rock cristão foram gradualmente se contextualizando e angariando uma aceitação do público protestante cada vez maior. Porem pode-se dizer que Janires foi quem iniciou o Rock Cristão brasileiro. Um dos maiores compositores da história da música cristã brasileira. As primeiras obras e bandas do rock cristão no Brasil são ainda na década de 70.
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Janires o pioneiro no Brasil 
Com o preconceito extremo vindo de líderes religiosos e de adeptos, seu crescimento e ascensão foi lento, porém sólido. As primeiras bandas são lembradas por conterem grande influência da tropicália e do rock progressivo britânico. Sua expansão se deu na década de 90, juntamente com o chamado Movimento gospel. A partir dos anos 2000, com a influência do canto congregacional, também conhecido como "louvor e adoração" e o enfraquecimento da música evangelística, o rock cristão sofreu forte retrocesso, embora alguns fatos se destacaram neste período. O preconceito por pessoas não-cristãs, principalmente admiradores de outras vertentes do rock é de fácil observação.
O Êxodos, além de outras bandas precursoras do rock cristão encontraram forte resistência ao gênero por parte de religiosos. Embora na década de 70 tenham surgido vários grupos, vários deles, como a Comunidade S8 e Jovens da Verdade tinham ligações fortes e diretas à instituições religiosas. Mais tarde, no fim desta mesma década, surgiu o Rebanhão, grupo que expandiu as fronteiras do rock cristão, apresentando-se para públicos heterogêneos, tendo músicas que fugiam da perspectiva religiosa vigente e que chegavam a ser executadas em emissoras de rádio não religiosas. Na sequencia vieram: Oficina G3, Katsbarnea, Fruto Sagrado e Catedral, juntamente com outras deram continuidade à expansão do gênero. Depois Banda Azul, Resgate, Fruto Sagrado, Catedral, Novo Som, Raízes, Sinal de Alerta, entre outras.
Embaixadores de Sião

Outras bandas que tiveram grande projeção: Tempus, Metal Nobre, Stauros, Livre Arbítrio.
Enquanto isso no nordeste, na mesma década de 70, surgiam Embaixadores de Sião, Getsêmani (depois Nabhi) e Desafio Jovem (depois Banda Desafios), essa turma foram os primeiros de outros tantos que por aqui começaram a utilizar em suas canções o Rock coma finalidade de comunicar o Evangelho e também como expressão de louvor. Historicamente em Caruaru talvez a banda que avançou mais nesta direção foi o Fainess que fazia o Metal Cristão.

O QUE O TERCEIRO ENCONTRÃO TEM A VER COM TUDO ISSO?

Bem, ontem falamos sobre o Túnel do Tempo, sobre Kairós e Chronos...

Hoje apresentamos mais uma ideia trabalhada pelo o evento este ano, o Rock and Roll, mas amanhã estaremos apresentando mais uma peça no quebra-cabeça do evento... O Fusca!
O que essas imagens nos tem a comunicar?
Voltar no tempo através de canções e histórias pode nos levar ao futuro? Como???
Acompanhe nossas postagens e vamos descobrindo juntos...

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