“Só queremos glorificar a Deus”, dizem campeãs da Copa do Mundo de futebol feminino

Em 2011, a seleção de futebol feminino dos Estados Unidos perdeu a Copa do Mundo para o Japão nos pênaltis. Quatro anos depois, as mesmas equipes voltam a decidir um título mundial. Desta vez, o resultado foi bem diferente.
Após 16 anos sem títulos da Copa do Mundo Feminina da Fifa, a equipe americana venceu a final, disputada no Canadá, com uma partida histórica. Aos 16 minutos do primeiro tempo as americanas já venciam por 4 a 0. A goleada por 5 a 2 sobre o Japão só é comparável à final de 1958, quando o Brasil venceu a Suécia pelo mesmo resultado.
“Só queremos glorificar a Deus”, dizem campeãs da Copa do Mundo de futebol femininoFalando em Brasil, naquele ano o mundo conheceu Pelé. Este ano o mundo conheceu Carli Lloyd que foi “o nome do jogo” fazendo 3 gols, incluindo um do meio campo – o gol que nem Pelé fez.
Dentro das quatro linhas a maioria das jogadoras parecem levar a sério a recomendação do apóstolo Paulo “quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus” (1Co 10.31).
Nas redes sociais e nas entrevistas, várias atletas expressaram sua fé e gratidão a Deus. Mas duas delas se destacam por suas declarações.
A meio-campista Tobin Heath aproveitou uma jogada na área para fazer o quinto gol. Ela é uma das cristãs mais vocais sobre sua fé e declarou em entrevista para o Beliefnet: ‘Eu jogo para glorificar a Jesus’.
Embora os atletas cristãos vêm sendo proibidos pela FIFA de proclamar sua fé dentro de campo, a internet tem sido uma ferramenta de proclamação. Heath foi duas vezes medalhista de ouro olímpico e agora é campeã do Mundo. Suas contas em redes como Twitter e Instagram estão cheias de versículos e depois das vitórias é comum ela escrever: “Obrigado Senhor.”
O futebol nos Estados Unidos é muito mais popular entre as mulheres que os homens, mas isso não diminui a legião de fãs que as meninas do time americano possuem. Por isso, a declaração de Heath tem grande impacto.
Ela não é tão rica nem tão famosa quanto Messi, Neymar ou Cristiano Ronaldo, mas sua postura fora de campo é notável. Afirma que deseja ser um modelo para jovens atletas do sexo feminino. “Vejo isso [o futebol] como uma plataforma, onde você pode espalhar para os outros o amor de Jesus. É isso que eu desejo”, disse ela.
“Tornar-me conhecida ou até famosa não é o que me motiva a trabalhar duro. Quero ser o melhor que posso ser para Jesus. É por isso que eu jogo. Eu jogo para glorificá-Lo.”
Esclarece que “agradece a Deus por tudo. Não é apenas pelos resultados mundano em termos de ganhar ou perder.” Afirma querer ser um instrumento divino para mostrar ao mundo “como Ele transformou a minha vida e como me deu um propósito e significado, amor e satisfação”.
Outra jogadora que gosta de falar sobre sua fé é Lauren Holiday, uma das estrelas dessa Seleção campeã. Ela é bastante conhecida pela sua atuação na Liga Feminina dos EUA. Também ganhou duas medalhas de ouro na Olimpíadas e fazia parte do time que perdeu em 2011. Ano passado ela foi eleita a Atleta do Ano da Liga.
Ao site Christian Today ela diz que isso é bom, mas esclarece que “Para mim, sucesso é ser a melhor jogadora que eu posso ser. Mas a coisa mais maravilhosa é receber o amor de Jesus… quando estou em campo posso jogar com liberdade, pois não preciso me preocupar se eu vou fazer um gol ou dar um passe errado, porque meu sucesso não é determinado por isso, mas por Cristo”.
Ela explica que obviamente gosta de ganhar, mas que segue a Jesus independentemente dos resultados.  Assim como Heath diz saber que foi abençoada com um propósito. “Deus me abençoou abundantemente com a capacidade de jogar futebol. Toda vez que vou para o campo, sei que através do meu esforço estou glorificando a Ele. Ele me deu esse palco no mundo para compartilhar Seu Evangelho, e é isso que eu espero fazer”.

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