Pastor Severino, In Memorian

Eu tinha 3 (três meses) de vida em 1984 quando se convertia ao Evangelho um jovem gerado de família simples e adotado pelo amor de outra família. 
Do alto de suas paixões, o Evangelho fez nascer nele um desejo ardente por Cristo que resinificaria sua vida para sempre. 
Ele foi até a igreja portando arma de fogo e foi desarmado pelo fogo do Espírito que o convenceu do pecado, da justiça e do juízo. 
Tão avassaladora foi sua conversão, que no mesmo dia embrenhou-se nas matas adjacentes a cidade de Venturosa, no Agreste pernambucano, o que duraram noites adentro em intensa meditação das escrituras e oração. 
Ali se iniciava uma vida dedicada ao Reino. 

Ele sempre foi o irmão Severino, que logo pela sua entrega a Causa, seria chamado Pastor Severino, cuja ordenação veio muito tempo depois de sua jornada. 
Fato pouco relevante para um homem cuja motivação sempre foi levar adiante o legado do Senhor Jesus sob muitas dores, traições, descompassos e intempéries da vida e a despeito de todos os pesados aparatos do mundo eclesiástico.

As marcas indeléveis de sua caminhada no mundo foram o amor longânimo para com os contrários; sua paciência e a hospitalidade capaz de acolher em sua casa, ao longo dos anos, dezenas de irmãos amados que como ele serviam ao Reino.  
Testemunho com meu irmão Val Silva o brilho de seu rosto quando orava e os densos ensinamentos que nos enraizaram a certeza da Glória Eterna, que agora também nos serve como conforto ante a sua partida.

Para um homem que abria mão do que hoje na igreja evangélica se preconiza como primordial, dispensou alianças e poderes para viver apenas da alegria de cantar e tocar seus instrumentos musicais.

Meu pai não era de muitas palavras. 
Tinha um olhar que vazava sua fragilidade e tristeza perante as dores da vida, e, quando não mais cabia no mundo, Deus o tomou para si neste fatídico dia 21 de Julho de 2015 em um acidente automobilístico, na zona rural de Caruaru, cidade onde morou por três anos e onde também tem muitos amigos e colegas de ministério.

Meu pai amado, ou simplesmente o irmão Severino (51), deixa sua esposa (nossa mãe), a Irmã Sueli (52) com quem viveu por 32 anos; três filhos: Fernando Lima (31), Val Silva (30) e Suellen Lima (19, duas lindas netas Jhulia (2) e Laryssa (8 meses) e suas noras Paula Renata e Thaísa Silva, além do genro Sandro Siqueira.

Fernando Lima



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