Diretor do Departamento de Educação Teológico da Aliança explica sua posição contrária a abertura do STCN-Caruaru
Nota
de esclarecimento,
Considerando as últimas
observações pontuadas pelo Reverendo Ary Queiroz Jr, no que se refere ao
posicionamento da UIECB com relação à abertura de outro Seminário
Congregacional na Cidade de Caruaru, trago alguns esclarecimentos que são
necessários pelas seguintes razões:
Em primeiro lugar, como
fui citado nominalmente pelo distinto e mui digno pastor Ary no facebook, (STCN-CARUARU)
sinto-me no dever de apresentar os devidos esclarecimentos a fim de que, não
haja em nosso meio quaisquer comentários inadequados que não venham contribuir
para a comunhão dos servos de Cristo.
Em segundo lugar, minha
fala se dirige a todos os alunos, professores, Pastores, Igrejas, irmãos e
irmãs que leram o texto do amado pastor e desejam compreender melhor os últimos
procedimentos e acontecimentos que envolveram o Seminário de Caruaru, o
seminário do Recife, o Reverendo Ary e o Pr. Bruno César.
Em terceiro lugar,
esclareço que não tenho a mínima intenção de iniciar uma discussão por
correspondência aberta com o Reverendo Ary, a quem amo e respeito com toda
estima, Deus o sabe. Sei também jamais ser essa a intenção daquele santo varão.
Postas essas questões,
passo a discorrer comentários sobe a fala de meu estimado amigo em seu texto: O
Reverendo Ary, afirma no quarto ponto de sua carta que eu “protestei pela cassação da autorização à abertura do
STCN-Caruaru.” Ele argumenta que usando o Tratado de Carapibus, eu teria
protestado a cassação da abertura de outro Seminário e com esse meu
procedimento, contribuí para que, parafraseando suas palavras: “a novela
estivesse no ar”. No décimo tópico de seu texto, o nobre Pastor comenta ainda
que: “pelo que sei do Rev. Bruno César, ele foi levado a embargar a reabertura
do Caruaru pelas razões mais puras e mais nobres, dignas de serem imitadas por
todos quantos desejam servir a Deus sinceramente”. Considerando todas essas informações, passo
as seguintes
Ponderações
e observações:
1. Não protestei nem
exigi cassação de nada nem de coisa alguma a ninguém. Não sei de onde meu caro
conservo na seara do Senhor tirou essas informações. Elas são impensadas,
Primeiro, porque Esse tipo de procedimento, (de protestar ou exigir cassação)
não combina com aqueles que tem se esforçado com todo o coração para que a
UIECB e ALIANÇA caminhem juntas. Nosso
laço de comunhão será muito fraco se para manter-se de pé necessitar de
exigências e protestos. Segundo, discordo dessa observação porque eu não estou
a altura, nem desejo estar, de protestar ou exigir nada. Não faço isso na ALIANÇA,
tão pouco faria isso com a UIECB.
2. Sob hipótese alguma,
tive a intenção de contribuí para que: “a novela estivesse no ar”. Isso não é
procedimento de Ministro do Santo Evangelho. Lamento que essa tenha sido a
impressão causada no meu irmão, e se de fato causei essa miserável e diabólica
impressão, então que Deus meu Senhor, me perdoe e também o Pr. Ary.
3. Não embarguei a
reabertura do STCN-Caruaru, como afirma o estimado Pastor. Eu não tenho esse
poder e não desejo tê-lo. Sob minha jurisdição estão os seminários da ALIANÇA e
não os seminários da UIECB. Acho que nem preciso argumentar nesse ponto, não
sei por que, o meu respeitável irmão, atribuiu a mim, algo que a sua própria
denominação fez! Quem embargou a reabertura do STCN-Caruaru, foi o DET da UIECB.
No legítimo uso de suas atribuições, pois o Tratado de Carapibus sendo uma
parceria entre os dois departamentos para o bem das duas denominações preconiza
em seu texto 3.1. que, o propósito dos dois departamentos é: “coordenar o
trabalho de ensino teológico na UIECB e na ALIANÇA no âmbito nacional”.
Evidentemente se é uma parceria, isso deve ser feito visando o bem das duas
denominações e seus vocacionados, por isso o DET UIECB agiu como agiu.
4. O meu procedimento
não foi oculto. Sou diretor do órgão que tem responsabilidade dentre outras, de
supervisionar os seminários da ALIANÇA. E sei que na UIECB também é exatamente
assim. Conheço os nossos documentos, e sei de todos os esforços que estão sendo
feitos para construir uma caminhada de comunhão entre as duas denominações, e
faço parte daqueles que desejam ver esses laços sendo cada dia mais e mais
fortalecidos.
5. Como diretor do DET
da ALIANÇA, me dirigi ao diretor do DET da UIECB por se tratar de problemas
envolvendo os seminários das duas denominações (o de Caruaru e o do Recife),
isso está na mais absoluta harmonia e coerência com o modus vivendi e com o
Tratado de Carapibus, não compreendo, portanto, o motivo do desgosto.
6. Fui contra a
abertura do STCN-Caruaru, ainda que não protestei nem exigi nada, como já
disse. E fico absolutamente tranquilo em me posicionar contra, pois meu
posicionamento não é sob hipótese alguma pessoal, e sim institucional. E isso
deve ficar muito claro. Sendo assim, ele está revestido da mais absoluta
coerência.
7. Que meu
posicionamento é institucional e não pessoal fica claro pelo seguinte fato:
saibam todos, que o Seminário da UIECB no Recife, conta com vários alunos da
ALIANÇA. Conheço o Seminário, estudei lá, fui professor da casa por vários anos
e, desde os tempos em que fui aluno e também professor e ainda hoje, há vários
alunos da ALIANÇA lá, o que digo é fato de fácil comprovação. Pois bem, as
Igrejas do Recife representadas por seus pastores em reuniões do distrito, por
diversas vezes, discutiram a abertura de um seminário da ALIANÇA tendo em vista
a grande quantidade de alunos, o tamanho da Cidade do Recife e outros... e
todos podem comprovar como de primeira mão eu sempre me posicionei contra essa idéia...
a razão era simples: “temos aqui um seminário da UIECB e precisamos
fortalecê-lo, devemos zelar por nossas relações com a UIECB”. Esse sempre foi o
meu discurso. Então quero que todos saibam que antes de ser contra a abertura
de um seminário da UIECB aqui em Caruaru, eu fui contra a abertura de um
seminário da ALIANÇA lá no Recife. Penso que devo deixar para aqueles que me
leem a tarefa de julgar se meu comportamento é ético e coerente ou não.
8. Fui contra a
abertura do STCN-Caruaru por se tratar de um procedimento contrário ao espírito
do que fizemos em Carapibus. Ao contrário do que meu estimado irmão coloca,
isso seria uma contradição sim. Infelizmente o caríssimo Rev. Ary e o Pr.
Bonifácio, que segundo aquele o ajudara na leitura e interpretação do
documento, não discerniram bem o espírito e propósito do Tratado. O documento
não é um conjunto de normas com negações e proibições para uma e outra ala, o
problema foi que os queridos irmãos leram o documento desejando encontrar esse
tipo de postura. O Tratado de Caripibus é uma solene liga de parceria, visando fortalecimento
mútuo e estabelecimento de vínculos entre as duas denominações. O documento nos
convoca a somarmos esforços no objetivo de alcançarmos vocacionados no Brasil.
O documento orienta que: “o ensino teológico deve permitir que as duas
instituições possam, reciprocamente, usar suas instituições teológicas e
seminários para fins comuns”. Todas essas informações vocês encontram no texto
nas partes: 3.3; 4.2; 4.2 a). Portanto, as orientações são para que os dois
departamento trabalhem para o fortalecimento mútuo, e não para se dividirem e
se distanciarem mais. Agora eu pergunto: como conseguiremos isso? Dividindo o
seminário que temos em dois? Competindo basicamente pelos mesmos alunos? Não.
Os propósitos desse Tratado foram postos em prática quando o DET da ALIANÇA
resolveu fortalecer o seminário da UIECB na Cidade do Recife não permitindo a
abertura de outro seminário Congregacional, e quando o DET da UIECB resolveu
fortalecer o seminário da ALIANÇA na Cidade de Caruaru, não permitindo a
abertura de outro seminário Congregacional, pois como diz o Tratado: “o ensino
teológico deve permitir que as duas instituições possam, reciprocamente, usar
suas instituições teológicas e seminários para fins comuns”. É isso que
entendemos por parceria, foi dessa forma que interpretaram o documento o DET da
UIECB e toda a sua diretoria, como também o DET da ALIANÇA e toda a sua
diretoria.
Sem mais, Rogo ao
Senhor o Espírito, que fortaleça o laço que nos uni e que Cristo reine sempre
em nosso meio. Nele que nos ordena: esforçai-vos diligentemente por preservar a
unidade do Espírito no vínculo da paz,
Pr. Bruno César,
Santa Cruz do
Capibaribe, 16 de janeiro de 2015.
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