Marina, o Brasil e os imbecis - A pág. 216 do Plano do PSB


Oi

Na semana em que a presidenciável Marina ficou em pé de igualdade com a então Dilma, disseminou-se a notícia de que ela apoiaria a causa homossexual, defendendo os direitos do grupo. Grande foi o alvoroço nas redes sociais, na imprensa de modo geral e pasmem! Quem era contra, reclamou e quem era a favor, TAMBÉM!
É assim que funciona! Nem em um momento como esses, os cristãos conseguem se unir. Aqueles ortodoxos, que batem no peito por seguir uma fé cega e levar suas convicções às últimas consequências, ainda que estejam bem distantes do que Cristo ensinou e que utilizem meios escusos para enriquecer às custas da vulnerabilidade de quem não tem a mesma capacidade intelectual ou manipuladora deles, disseram "porque a Bíblia condena a homossexualidade, porque uma mulher que se diz cristã e seguidora da Bíblia, não poderia defender isso. Porque ela seria uma representante de Deus no poder e o Brasil seria uma grande e unida e mentirosa igreja". Neste momento, o grupo cristão, unido pelo amor do único homem que a Terra conheceu e que viveu livre de egoísmos e foi totalmente amor (Jesus), exclui a cristã Marina de seu seleto e santificado reino. Isso, abala a pessoa e abala a política. Isso abala o Brasil e, certamente, deixa o Deus do cristianismo descontente.
Por outro lado, aqueles que não pregam o cristianismo e as verdades ditas bíblicas, poderiam, em tese, apoiar o grito de Marina a favor deles, mas o que fazem? Passam na cara e ridicularizam, julgando-se acima do bem e do mal porque provaram (ninguém sabe a quem) que os valores cristãos que ela declarava não passavam de hipocrisia e que na corrida por voto vale até negar a fé.
Uma coisa é fato e isso me preocupa: Marina perde votos de alguns imbecis que se dizem cristãos sob o argumento de que ela adentrou em um mundanismo superespiritual, separando o comportamento cristão do secular. Ao mesmo tempo, Marina perde votos de alguns imbecis céticos que acreditam que alguém que se vendeu à política, renegando o que acredita não pode ser bom representante para o Brasil.
Deus me livre de um imbecilismo e de outro. Também sou imbecil, mas não por isso!
Sou imbecil porque julgo interpretar as palavras do próprio Cristo quando ele disse "dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Sou imbecil porque julgo interpretar à luz da própria bíblia que a promessa e esperança dita divina, não está nesse mundo e aqui as coisas tendem a piorar. Sou imbecil porque misturo Raul Seixas e Jesus Cristo e julgo que um entendeu o outro, quando em sua canção já dizia que "o mundo foi e será uma porcaria, eu já sei... que sempre houve ladrões, maquiavélicos, safados..." Sou imbecil porque me coloco fora da situação e analiso o fato sem tomar partido. Sou imbecil porque agindo assim, consigo inimigos dos dois lados. Acima de tudo sou imbecil porque não me importo com isso.
Sou imbecil porque gostaria que as pessoas olhassem para as coisas sem assumir posição de superioridade por acreditarem que estão sempre certas, mas eu sou imbecil porque assumindo essa postura de sair do quadro para analisar o contexto, sem querer, me coloco acima de muita gente que está dentro do quadro, enquadrando em quadrados limitados os quadros de sua visão.
Dentre todos que aí estão, quem é digno do seu voto? Quem é digno do meu voto? Quem é digno? Você é?
O Brasil não será de Cristo, porque o mundo não o é.
Marina não governará para a Igreja, ela será presidenta (se for eleita) e trabalhará em Brasília, com assessores, e eu lamento decepcionar alguns, mas os assessores não vestirão asas e tocarão harpa, antes são humanos! Isso diz tudo.
Acredito que separar a justiça divina da justiça humana é o melhor caminho para se manter a ordem necessária à sobrevivência da espécie. É inadmissível que diante de tanta coisa palpável e urgente a se fazer, ainda exista guerrinhas de indiretas porque fulano disse isso e Jesus diz aquilo que é diferente do que Maomé diz, que não condiz com Alan Kardec, que difere de Joseph Smith, que não concorda com Helen White e que deveria ser de Buda.
A salvação é uma só e no caminho existem diferentes paisagens.
Que Deus dê o discernimento necessário a nossa massa de imbecis e, que por um instante em outubro, pensemos no que pode ser bem administrado com a intervenção do nosso material de trabalho, que não é fazer milagres e sim, assegurar o equilíbrio justo que contemple a tolerância em todos os aspectos.

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