A “Gaiola de Salomão” no “Reino dos Homens”

A “Gaiola de Salomão” no “Reino dos Homens”O que você faria se você tivesse uma empresa onde você venderia um produto que você não produz?
Se o seu único trabalho nesse caso fosse o de convencer as pessoas a continuarem produzindo?
Talvez você chegasse à mesma conclusão em que tantos reis, líderes e políticos chegaram ao decorrer da história; A melhor arma de convencimento é o medo.
Mas vamos partir da seguinte lógica:
Você compra um carro por medo de andar a pé, compra um analgésico por medo de continuar sentindo dor e compra mantimentos por medo de ter fome futuramente, por exemplo.
Convenhamos que o medo seja de alguma forma um propulsor eficaz ao longo da existência humana para que eu retorne a pergunta inicial de uma forma mais crua.
O que você faria se você tivesse uma “denominação religiosa” onde você venderia a fé das pessoas que compõem essa igreja, a elas mesmas?
O seu único trabalho seria o de manter as pessoas produzindo e comprando a fé a qual você seria o detentor e tudo isso através do medo.
Você tem o “produto” que no caso é a fé, o “fornecedor” que no caso é o povo sofrido e sem instrução e o “lucro” que nesse caso é o dinheiro.
Mas você precisa de algo que prenda-os no seu ótimo e brilhante negócio.
Você descobre um livro sagrado cheio de princípios e verdades transformadoras que de alguma forma sempre aponta para o amor a Deus e o amor ao próximo, porém se interpretado corretamente arruinará totalmente o esquema que você demorou tanto tempo pra estabelecer.
É o momento no qual você se encontra dividido entre o amor e o e dinheiro.
Escolhendo o dinheiro, você distorce o livro e cria mirabolantes formas de aumentar e fortalecer o seu império, o seu próprio reino.
Você pisa nos pobres, ignora o amor e se farta de luxos e pompas pois afinal você é o líder de um grande império e precisa ser honrado por isso.
E assim a sua empresa vai crescendo e tomando força até chegar um dia em que as mirabolantes “campanhas com objetos caros” não satisfazem mais os compradores e suas mentiras começam a ruir na mesma medida em que seus “súditos” vão conhecendo o amor.
É quando você toma uma medida desesperada.
Constrói uma imensa gaiola e a chama de “Casa de Deus” sem o mínimo de respeito aos Judeus e ao bom senso.
Uma nova estrutura se forma onde 500 pseudo-empresários são a colunas do seu império enquanto você tenta se convencer de que Deus mora na gaiola que você construiu pateticamente por nada mais do que dinheiro.
Ao ler essa minha absurda suposição a respeito do que seria um verdadeiro “negócio da China”, você pode até pensar que estou falando a respeito dos tempos obscuros da humanidade onde eram vendidas indulgências enquanto se omitia e distorcia a bíblia de forma descarada para os pobres e ignorantes do século III a fim de se obter lucro financeiro, mas não.
Estou falando de um dos últimos absurdos do meio evangélico.
“A gaiola de Salomão” construída pela “Empresa Universal do Reino dos Homens”.
É triste? É.
Mas não se deixe abalar.
Se tudo o que eu disse não se aplica a você, ignore e sinta-se aliviado por não ter se corrompido ao “deus dinheiro”.
Nossa causa é o amor e tudo o que é eterno, pois temos a semente da eternidade plantada em nosso “verdadeiro templo” que é esse corpo mortal.
Seguimos a poderosa voz do “Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens” (Atos 17:24) e esperamos ansiosamente a volta do messias que passou em carne pelo mundo até vencer a morte através da cruz e ressuscitou ao terceiro dia, nos concedendo a remissão dos nossos pecados.
Seu nome é Jesus Cristo e ele não está na “gaiola de Salomão”.
Ele está preparando lugar a todos quanto são chamados filhos de Deus.
Mas se você acha um absurdo minha indignação, se cale perante essa malandragem em nome de “deus”.
Mas esteja ciente de que enquanto o inconformado se omite, o malandro se esbalda.
Adriel Vinicius
gospelprime

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