Caio Fábio

Em resposta a Anderson Lima, que pelo Facebook pediu minha opinião sobre Caio fábio.

Eu comecei a ler sobre ele ainda quando a Ultimato era preto e branco, início dos anos 80. Passei a assistir alguns programas seus em vídeos e depois além dos artigos fui lendo seus livros (quase todos até agora). 
O vi pregando pessoalmente pela primeira vez em 1988, num evento em Belo Horizonte e tive uma aproximação melhor em 1990, num evento em Brasília.

Daí em diante foram vários momentos em que periodicamente nos encontrávamos em congressos e reuniões (entre elas um aqui em Caruaru).

Acompanhei intensamente no ministério enquanto na VINDE e agora no Caminho. Conheci a Alda e pelo menos um de seus filhos. Não vejo nenhuma mudança no que pregava antes para o que prega agora, nem no que escreve, nem no que diz e muito menos no jeito de viver. Cada momento crucial de sua existência (enquanto humano) superou pela infinita Graça d'Aquele a qual percebo que ele segue. 

Extatamente como antigamente continua (como vários e vários servos que eu listaria) sendo um profeta (claro, as vezes não entendido e muitas vezes perseguido). 

Os que o amam vão permanecer retendo o que é bom e edifica, os que o odeiam vão continuar detestando-o. Se é famoso? Se é polêmico? Se é herege? eu prefiro continuar apenas percebendo-o como um irmão través do qual o Senhor me inquieta ou alegra a alma, me auxilia na construção do entendimento sobre a vida e como andar com Ele no presente século. O acúmulo que o Caio tem em conhecimento vivido sempre nos foi passado de forma inteligente porém simples, o que mais me impressionou nele, talvez tenha sido o olhar. 

Lamento muito que algumas coisas que ele fala ganham uma dimensão muito maior do que precisava (para os que querem sua cabeça numa bandeja) e há muitas e muitas outras que deveriam ser melhor analisadas e para os inquisidores são menosprezadas. 
Mais triste ainda quando fazem um julgamento sobre um raciocínio dele fora do contexto, quando afirmam coisas que ele defende e na realidade não passa de conceito pré-concebido. 

Há também na trajetória de vida dele fatos vividos que coincidêm exatamente comigo (guardadas as devidas proporções) tanto em questões políticas, ministerial, profissional e até mesmo pessoal. 

Um certo pastor daqui me disse uma vez: "Caio não mudou após a queda, ele melhorou e muito". Entretanto lembro que não o tenho como ídolo maior, nem ícone de referência pra mim, creio que temos, todos os que se relacionam com o Mestre, quase que naturalmente, pessoas que influenciam positivamente e que somam na nossa formação enquanto pessoa. E, da mesma forma como fomos "discipulados" também exercermos sobre outros essa influência mais pelo que vivemos do que pelo que aparentamos. 

Então há muitos e muitos outros pensadores cristãos (ou não cristãos) que contribuíram na minha formação como gente, na maturidade que vem de acordo com o tempo (ou não). Tem uns tais aí como o já falecido Cavalcanti, o Carlos Queiroz, Gondim, Shedd, Kemp, Ariovaldo, Kivitz, Gualberto, e tantos e tantos outros que nem são maior nem melhor um que o outro, São apenas servos (com ousadia o suficiente para abalar estruturas) e nada mais.

Gente de Deus que contextualizaram a Mensagem do Evangelho para nossa realidade atual. aproximaram as verdades eternas do momento presente para uma melhor compreensão e vivência saudável da fé enquanto no mundo permanecemos.

Me fizeram enxergar um andar com Deus não alienado das questões que nos cercam, a desejar o Evangelho do Reino que nos traz a paz e a justiça não só para nosso quintal mas para aqueles que nos cercam.

Ensinaram-me que quanto mais próximo do Altíssimo eu estou mais perto de meu irmão também e que consequentemente essa intimidade com Ele vai me levar a ser um agente dele interferindo positivamente na sociedade em que estou inserido.

Um tipo de relação com Deus que se completa com ação enquanto no mundo.

Paulo Nailson

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