Noé estreia no Brasil após faturar US$ 44 mi nos EUA


A popular passagem bíblica do dilúvio ganha as telas na superprodução Noé, do cineasta novaiorquino Darren Aronofsky, que estreou nos Estados Unidos no último final de semana com ótima receptividade do público.
O épico liderou o ranking das bilheterias norte-americanas em sua abertura, com uma arrecadação de 44 milhões de dólares. Uma renda que é superior ao que Aronofsky, um frequentador do circuito independente, alcançou com a soma total de seus primeiros quatro filmes juntos. Entre eles, a ficção científica Pi (1998) e o drama O Lutador (2008).

Noé traz o ator neozelandês Russell Crowe (de O Gladiador) no papel principal e uma história que fala sobre o homem que recebeu a missão divina de construir uma arca e livrar espécimes animais de um dilúvio apocalíptico.

A história faz parte do livro bíblico Gênesis, que apresenta o personagem como neto de Matusalém e descendente de Sete, filho de Adão, o primeiro homem sobre a Terra. Noé teria vivido por 950 anos, somente perdendo em longevidade para o avô, que viveu 969 anos.

Era tido por Deus como o último dos homens justos, razão pela qual resolveu poupá-lo da sua ira com os rumos tomados pela humanidade. Determinou que construísse uma arca e salvasse um casal de cada espécie animal, permitindo ainda a preservação da sua linhagem, sua esposa Noéma e os três filhos Sem, Cam e Jafé.

A primeira vez que a história foi levada aos cinemas foi com o clássico A Arca de Noé (1928), que misturava o dilúvio com uma contextualização com a Primeira Guerra Mundial, que devastou a Europa. Desde então foram muitas adaptações, incluindo desenhos animados, seriados religiosos e até uma versão musical para a Broadway.

Tema

O cineasta explicou à imprensa que Noé está na sua cabeça desde a adolescência. Aos 13 anos, ele teria escrito um poema sobre a história do dilúvio. Seu cinema, que sempre flerta com temas morais e existenciais, como acontece em Fonte da Vida (2006) e Réquiem para um Sonho (2000), tem evidentes ligações com o tema religioso.

Realizado com um investimento de 125 milhões de dólares, a obra traz ainda Jennifer Connelly como Noéma, a esposa, além de Logan Lerman (Cam), Douglas Booth (Sem) e Leo McHugh Carroll (Jafé), como filhos de Noé.

Na trama, Noé é provocado por Deus para procurar Matusalém (Anthony Hopkins) e durante o percurso socorre a jovem Ila (Emma Watson), seguindo viagem até descobrir a missão de construir a arca e, consequentemente, lutar contra a desconfiança e costumes dos homens de sua época.

Uma arca de madeira foi feita para o filme, pois o diretor se recusou a usar computação gráfica. Adotou efeitos digitais apenas na reconstituição dos animais (mesclados com bichos de verdade).

A curiosidade é que a arca de Aronofsky segue a forma quadrada, segundo a produção, em concordância com as pesquisas. Vestuários e cenários ganharam, de acordo com o diretor, aspectos "mais artísticos". A expectativa é de que o filme supere, pelo menos em público, o sucesso anterior do cineasta, Cisne Negro (2010).

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