A Igreja chinesa e a perseguição hoje

"Tudo o que você ouvir sobre a China é provavelmente verdade em algum lugar do país e provavelmente falso em outro." Paul Estabrooks, em seu livro "Noite de um milhão de milagres"

A China vem caindo drasticamente de posição na Classificação de Países por Perseguição da Portas Abertas nos últimos anos e muita gente se pergunta por que isso tem acontecido. Ronald Boyd-MacMillan (diretor de comunicação da Portas Abertas Internacional) aponta algumas razões para isso.

1. Crescimento e abertura econômica do país
2. Urbanização e êxodo rural, resultantes desse crescimento econômico
3. Materialismo e secularismo

Esses três itens estão interligados, pois crescimento econômico gera êxodo rural - pessoas indo do campo para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida, que gera materialismo (apego aos bens materiais) e secularismo (distanciamento dos valores religiosos tradicionais).

Tudo isso tem gerado uma maior liberdade à Igreja chinesa, mas, por outro lado, muitos cristãos têm-6se esquecido do sentido real do evangelho e de toda a severa perseguição que a Igreja enfrentou e, até certa medida, ainda enfrenta. Tanto é que a Portas Abertas Internacional está mudando sua estratégia de atuação na China, que antes era de distribuição de Bíblias, para treinamento de discipulado dos cristãos.

Segundo observadores da Igreja chinesa, outro fator muito importante para a China ter caído tantas posições na Classificação nos últimos anos é que a liberdade e a perseguição severa dos cristãos depende muito de quem está no poder. Como se fosse um pêndulo, ora comunistas conservadores puxam o pêndulo de um lado, pressionando a igreja, ora direitistas puxam do outro, dando um pouco mais de liberdade a ela.

Em 2014, a China se manteve na 37ª posição da lista.

Fonte: Revista Portas Abertas

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