Calvino Rocha - UMA CONVERSA SOBRE O INFERNO


Durante os festejos de momo as pessoas usam todo o tipo de fantasia, inclusive satirizando o diabo ao usarem uma roupa vermelha acompanhada de um tridente. 

Este jeito caricato de pintar o diabo produz aquele tipo de sensação que C. S. Lewis criticou com muita propriedade. Ele disse que cometemos dois erros perigosos quando pensamos no diabo, o primeiro erro é o de supervalorizar a ação de satanás, o segundo é fazer pouco caso dele como se ele não agisse mais. 
Esse comportamento equivocado sobre o diabo é proporcional à maneira como as pessoas se referem ao inferno e ao céu.

Em entrevista à Revista Época, o escritor Luiz Fernando Veríssimo, conhecido por suas crônicas, por tocar saxofone num grupo de jazz e por sua timidez, teve que responder à seguinte pergunta: “Caso acreditasse no cristianismo em Dante, o senhor se encaixaria melhor no inferno, no paraíso ou no purgatório?”, com bom humor, Fernando Veríssimo deu a seguinte resposta: “No paraíso, que pergunta. 
Desde que pudesse passar os fins de semana no inferno”.

É triste perceber a visão equivocada e irreverente que as pessoas têm do inferno. Elas imaginam-no como um lugar de festa, farra e liberdade, quando a Bíblia é explícita ao afirmar que o inferno é um lugar terrível reservado para o diabo e seus anjos (Mt 25.41). Portanto, diante de um fato tão sério quanto a realidade do inferno, não podemos brincar, como fez Veríssimo.

Na verdade, somente uma pessoa totalmente ignorante sobre as coisas espirituais e sobre o Evangelho de Jesus pode imaginar que o inferno é um lugar de liberdade e o céu um lugar chato e monótono. 
A Bíblia deixa claro que no céu estaremos plenamente realizados, pois estaremos na presença do Senhor (Ap 21.1-22.5) e na sua presença seremos plenos. Plenos de alegria, plenos de realização, plenos de satisfação. Plenos, porque somente em Deus a nossa vida está completa.

Pr. Calvino Rocha

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