Renato Aragão, o Didi, defende a fé no programa Na Moral: ‘Não precisa usar a religião para fazer humor’

polêmico programa televisivo Na Moral, exibido pela Rede Globo nas quintas-feiras e comandado pelo apresentador Pedro Bial, foi palco de um embate entre dois famosos humoristas brasileiros na noite do dia 12 de setembro: de um lado o tradicional Renato Aragão, conhecido como Didi, e do outro Gregório Duvidier, um dos responsáveis pelo recente canal Porta dos Fundos, com mais de 5 milhões de assinantes no YouTube. No centro do diálogo, estava a religião e sua relação com o riso.

O eterno Trapalhão defendeu a fé: “Eu nunca passei por [...] temor de fazer piada sobre religião, não precisa usar a religião para fazer humor. Eu acho que até agride, coisa que agride é você criticar uma religião, muçulmana, católica, evangélica, tudo”.
Duvivier rebateu: “Olha só, eu acho que é engraçado a gente desmistificar. O meu Deus não é o Deus de outras pessoas. Não existe um sagrado absoluto”.
O jovem afirmou que o humor está sempre relativizando e a religião nega o riso. Segundo ele, o limite das esquetes do Porta dos Fundos é fazer graça com as minorias. “E religião é maioria, inclusive ligada ao Poder”, considerou ele.
Didi perguntou, então, se o moço tem alguma crença. Ele respondeu negativamente e, mais tarde, brincou: “Sou devoto do Renato”, aliviando o clima do debate.
Para iniciar a discussão, Bial lembrou o caso de 2006, quando um jornal dinamarquês publicou uma charge satirizando o profeta Maomé. O caso teve como consequências diversas mortes e um pronunciamento de Osama Bin Laden: “Se não há controle sobre a liberdade de suas palavras, então que seus corações estejam abertos à verdade de nossas ações”.
Duvivier comentou: “Morro de medo dos fundamentalistas religiosos e morro de medo de saber que eles estão perto da gente”. “Riso é uma arma poderosíssima contra o fundamentalismo e o fanatismo”, completou ele.
Bruno Mazzeo, filho de Chico Anysio, e Helio de La Peña, do elenco do Casseta & Planeta, também participaram da atração que falou de outros limites para a graça, como a censura na época da Ditadura, o politicamente correto, entre outros.

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