Tragédia do Japão

Um forte terremoto de 8,9 graus de magnitude atingiu nesta sexta-feira a costa nordeste do Japão, provocando um tsunami de 7 metros em cidades na região norte do país.

A imagem abaixo, que pode ser ampliada conforme a navegação do internauta, mostra a destruição na cidade de Sendai, a mais próxima do epicentro do terremoto. Ao explorar a megafoto, é possível ver fogo e fumaça saindo de casas parcialmente submersas, além de carros e barcos rodeados de destroços que foram arrastados pelas ondas do tsunami.

Em Tóquio, os trens e o metrô pararam de circular, milhares de pessoas evacuaram os prédios no centro da cidade e os telefones celulares pararam de funcionar. Pelo menos quatro mil edifícios ficaram sem energia.

O Japão ordenou a retirada de milhares de residentes perto de uma usina nuclear na região de Miyagi, depois que o tremor causou um problema no sistema de resfriamento da instalação. Autoridades disseram que não havia vazamento de radiação na usina elétrica No. 1 de Fukushima. A instalação fica na cidade de Onahama, a cerca de 270 quilômetros a nordeste de Tóquio.

Depoimentos

O químico japonês Osamu Tsujimoto, 56 anos, passou por momentos de tensão durante o terremoto. Ele estava na cidade de Kobe quando o edifício da multinacional em que trabalha, a Huntsman, começou a tremer. "O prédio balançava muito, parecia um navio em alto-mar", afirmou ao iG.

No momento do tremor, a brasileira Kelly Taia, 27 anos, estava em sua casa na cidade de Tsu. Ela mora no Japão há sete anos.

"Foi horrível! Tudo começou a balançar e eu não sabia o que fazer. Estava sozinha em casa com minha filha e fomos para debaixo da mesa", contou ao iG. Kelly só conseguiu fazer um breve contato com o marido, que está em Ibaraki. “A bateria do notebook dele acabou e desde então não tenho mais notícias. Quero voltar para o Brasil.”

Osamu Akiya, 46 anos, trabalhava em seu escritório em Tóquio no momento do terremoto, que provocou a queda de estantes e computadores, além de rachaduras nas paredes. "Já passei por muitos terremotos, mas nunca senti nada igual a isso", afirmou, em entrevista à agência Associated Press. "Não sei se vou conseguir voltar para casa hoje."

De acordo com o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS), este é o maior tremor já registrado no Japão e o 7° maior da história mundial. Até hoje, o mais forte terremoto do Japão tinha acontecido em 1933. Com 8,1 graus de magnitude, o tremor atingiu a região metropolitana de Tóquio e matou mais de 3 mil pessoas.

Os tremores de terra são comuns no Japão, um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, já que está localizado no chamado "anel de fogo do Pacífico". O país é atingido por cerca de 20% de todos os terremotos de magnitude superior a 6 que acontecem em todo o planeta.

Com AP, EFE e BBC

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