O alinhamento protestante ao Golpe Militar e a repressão aos “crentes subversivos”

Às vésperas de 1964, dentre vários discursos que circularam entre os protestantes pernambucanos, destacamos o da “necessidade de um messias”, para “salvar o país das crises que estava passando” o Brasil, e que afastasse o perigo de um possível golpe dos “subversivos comunistas”.

Os evangélicos inclusive, tiveram grande importância no Golpe e na manutenção do regime que se instalou no Brasil naquele ano. Com o objetivo de controlar tais crises (que supostamente teriam surgido devido ao crescimento das esquerdas), os protestantes em Pernambuco entraram em “campanhas de oração” para que Deus os livrasse do “perigo vermelho” que rondava a sociedade.
O movimento militar, teria sido a resposta das orações pelo país e um “grande livramento” da “presença incômoda dos comunistas – contrários à família e, principalmente, ao cristianismo”.

Com os militares, a família e a religião estariam a salvo.

Alguns dias após o Golpe, em 21 de abril de 1964, os fiéis foram novamente convocados, dessa vez para agradecer a Deus por ele ter “salvo a nação” da “utopia socialista”. Pastores protestantes pediam aos “crentes” que elevassem seus corações no grande momento que o país e o Estado de Pernambuco estavam atravessando. Deus teria tomado providência quanto às orações que o povo brasileiro se uniu para fazer em prol da pátria, e esse resultado levou os militares a encontrarem nos evangélicos em Pernambuco eficientes aliados em termos de inibição eclesiástica de certos fiéis, bem como em aspectos políticos.

Em reunião extraordinária quase dois meses após o Golpe, os professores do Seminário Presbiteriano do Norte localizado no Recife, reuniram-se em assembléia para discutir, dentre outros assuntos, a posição da instituição frente aos fatos políticos que estavam ocorrendo no país. Ficou claro que o Seminário iria “repudiar a subversão comunista” em concordância com os militares, deixando os professores presentes na sessão algumas resoluções:
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