Censo 2010: Amostragem e Amplíssimo Conceito de “Protestante”

Ao contrário de vezes anteriores, o quesito sobre “Religião” no Censo de 2010 não foi aplicado universalmente, mas apenas através do processo de amostragem, que, embora seguro, pode apresentar distorções. O conceito de “Protestante/Evangélico” foi o mais elástico, incluindo: Tradicionais + Renovados + Pentecostais, e, também, Mórmons, Testemunhas de Jeová, Adventistas e Neo(Pseudo)Pentecostais. Quanto às três primeiras categorias não se vê problema, mas os Mórmons e Testemunhas de Jeová são considerados, pelos sociólogos da religião, como “seitas para-cristãs” e quanto aos adventistas há discordâncias, desde a nomenclatura de “denominação protestante” (com doutrinas atípicas) até “seita para-protestante”.

No tocante aos Neo (Pseudo) Pentecostais (igrejas Universal, Internacional, Mundial, etc.) a Igreja Presbiteriana do Brasil, sem seu recente Supremo Concílio, negou a identidade evangélica das mesmas, exigindo novo batismo e profissão de fé dos delas egressos. Um debate entre sociólogos sobre essas igrejas da Teologia da Prosperidade/Teologia da Batalha Espiritual/Práticas Sincréticas, tem apresentado divergências. 

Enquanto Paul Freston, apelando para o caráter recente e em formação dessas instituições e escritos de alguns dos seus lideres máximos, tem afirmado que elas podem ser tidas como igrejas evangélicas, o Bispo Anglicano Robinson Cavalcanti, à luz do ensino e da prática das mesmas, nega qualquer vínculo histórico, teológico, doutrinário e ético com a herança da Reforma, e, mais ainda com o Evangelicalismo, apontando para a total ausência nas suas prédicas e ensinos de referências ao “Plano de Salvação”, à Conversão ou Novo Nascimento.

Fonte: Imprensa Brasileira / Secretaria Diocesana Anglicana de Comunicação Social

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