ESPECIAL NATAL 2010

O NATAL SEM CRUZ NÃO É NATAL

A maioria das famílias que está prestes a receber um bebê prepara com muito carinho o lugar onde a criança ficará (assim aconteceu comigo e Nalva). Móveis novos, papel de parede, berço, mamadeiras, roupas compradas com antecedência, tudo arrumado para receber o novo membro da família. Será sempre o melhor, de acordo com as possibilidades de cada um. Na Bíblia aprendemos que o Senhor Jesus Cristo nasceu em uma manjedoura, isto é, em uma estrebaria, um lugar onde os animais ficam (Lucas 2:7). Não por displicência de José e Maria. Na verdade a cidade de Belém estava repleta de pessoas que para lá acorriam em obediência à ordem de se inscreverem no recenseamento. Também não por causa de pobreza da família. José era carpinteiro, e esta profissão ao tempo de Jesus, era de prestígio. Na verdade tinha de ser ali o nascimento de Jesus. O lugar mais simples para o Grande Rei. Há muito que aprender com o nascimento de Jesus Cristo. Sendo Ele o Filho de Deus, não teve pompa nem luxo, luzes nem tão pouco um confortável colchão. Um lugar simples foi o seu berço, uma manjedoura. Vamos parar um pouco para pensar o que realmente é o Natal para nós que somos filhos de Deus. O real significado do Natal é a celebração do nascimento de Jesus, a Sua vinda a esta terra, como Salvador. Jesus tomou a forma de homem e desceu ao mundo para redimir todas as pessoas do pecado. Pecado, esse, que teve início no tempo de Adão e Eva, que ao desobedecerem a Deus perderam a sua pureza e quebraram o elo que, tão fortemente, os ligava a Deus. Apesar disso, o amor de Deus pelo homem nunca esfriou, mas sempre permaneceu fiel e imutável. Então, a forma que Deus encontrou de recuperar a relação íntima com os seus filhos, foi mandando Jesus pagar por todos os nossos pecados, para que pelo Seu sangue nós fossemos redimidos. Não se pode entender o nascimento de Cristo, sem entender que a cruz foi erguida para que tivéssemos um novo nascimento. (João 3:14) E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; (João 3:15) Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.Pense na tremenda alegria dos discípulos quando perceberam que o túmulo estava vazio. Pense no renascimento da certeza de que Ele era mesmo o Messias, o que havia nascido ensinado e operado tantos milagres, e que deu Sua própria vida de uma maneira tão brutal, para que pudéssemos viver eternamente. Mas infelizmente o que, mas vimos são as tradicionais festas de família Natal e Ano Novo o célebre bacalhau, o peru assado, o cabrito em caldeirada, não esquecendo o "Senhor leitão assado" na passagem do ano e tantas outras coisas. Na cidade, o tráfego é intenso, as lojas não têm mãos a medir, os pedidos de desculpa multiplicam-se por entre as pessoas apressadas e entusiasmadas em trocar o subsídio, por outros valores que, logo distribuirão pelos familiares e amigos. A comercialização no Natal atinge o seu auge. Todos os celebradores do Natal, ou pelo menos, quase todos, deixaram-se enredar por toda a tradição que é suposta envolver o mesmo, tornando todos os passos verdadeiros rituais, monopolizando todas as horas da noite para fazerem, imperativamente, a coisa certa na hora certa. A hora de abrir os presentes, a altura em que come o bacalhau, entre outras, são regras que segundo eles jamais poderão ser violadas. Claro, que o erro, não está em abrir os presentes, nem tão pouco em comer o bacalhau, mas o erro reside, exatamente, quando as pessoas deixaram que a tradição abafasse o verdadeiro sentido de Natal, ligando a tudo e a todos, menos a Jesus. O Filho do homem foi levantado e morto na cruz para que o nosso Natal tivesse um sentido verdadeiro. Deus nos abençoe.

Pr. Ednaldo Morais e Ednalva Morais.

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